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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Os 7 Pecados Capitais - Inveja - Eu queria ser você

Queria tanto ter um blog igual ao seu, só para escrever igual a você, e ter os mesmos comentários na minha página. Você é demais!!!

Existem alguns tipos de invejosos pelo mundo. Vejamos os exemplos :

  • O Seca-Pimenteira - Aquele que atravessa com o olhar e cobiça até sua surpresa do kinder ovo.

  • O Desdenhador - Sujeitinho nojento, que a cada palavra que você diz retruca dizendo qualquer coisa, só pra te deixar por baixo, mas no fundo ele está doidinho pra ser igual a você. Pode ser identificado pelo movimento de cabeça utilizado pela Fat Family. (Por favor, não faça esse movimento)

  • O Banco Imobiliário - Esse é mais "profissa", mas pode ser encontrado em qualquer tipo de relação. O objetivo dele é vencer você. Ele quer suas 4 casas com hotel no Morumbi e fará de tudo pra te mandar pra prisão.

  • O Prozac - Facilmente identificável pelo tom de Depressão e o termo "Ahhh! se...". Ahhh! Se eu tivesse uma internet de 100mb igual a sua eu seria mais feliz, e poderia deletar o meu discador do IG... Pegou o Espírito?

  • O Transformer - Não importa o que você tenha, o dele é melhor. Ele não pode ficar por baixo.  - Legal que você tenha uma Porsche, a minha Maserati se transforma num liquidicador com 5 velocidades.
 


Esse tipo de pessoa tem, na verdade, um grande complexo de inferioridade e por isso, despreza suas conquistas e passa a cobiçar o alheio. Sendo totalmente democrático, este pecado pode ser notado entre irmãos e familiares, entre amigos e colegas, entre classes sociais e ultimamente uns agressores, principalmente na avenida Paulista, tem demonstrado sua inveja pela escolha sexual dos outros.

Para afastar o invejoso vale de tudo: colírio diet galho de arruda na orelha, vaso com espada de são jorge na porta de casa ou vaso de pimenteira dentro de casa, sal grosso atrás da porta e mais um monte de outras crendices...

Até Shakespeare fala sobre esse tipinho. Em sua obra Otelo, referiu-se à pessoa de olho-gordo como "monstro de olhos esverdeados". Mais tarde a idéia foi adaptada ao popular e hoje falamos a frase "verde de inveja".

Como eu sei que você já está morrendo de inveja da minha astúcia, vou ali me benzer... Sai Zica!!!

Os 7 Pecados Capitais - Preguiça - Preg

Do latim pigritìa, estado de prostração e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que leva o indivíduo à inatividade; desânimo, esmorecimento, indolência.
Resolvi começar esse post copiando do dicionário por pura preguiça, afinal de contas dá muito trabalho começar um post, tem que pensar, tem que digitar, tem que ler...
O preguiçoso é na verdade uma pessoa que não gera expectativas e sempre desvia de qualquer culpa que possa recair sobre ele. Pense naquele cidadão, eu nunca disse baiano, que por querer procrastinar, deixa todas as suas tarefas pra depois. Alguns dias passados elas se acumulam e este ser humano é cobrado. Para a psicologia, quando um pecador destes é importunado ele passa a pensar que o estão retirando do seu estado de inatividade gerando ira (outro pecado capital) e teimosia, afinal de contas, o sujeito vai arranjar mil desculpas por não ter feito e pra não fazer.

As desculpas são as mais esfarrapadas possíveis. Você já deve ter ouvido:
Desculpa - Não fiz o relatório porque não deu tempo.
Verdade - Não fiz o relatório porque fiquei no orkut fuçando a vida da minha ex-namorada.

Desculpa - Não te liguei porque minha bateria acabou.
Verdade - Não te liguei porque estava vendo meu time na TV jogando contra o Avaí.

Desculpa - Eu me atrasei por causa do Metrô.
Verdade - Eu me atrasei porque, ontem, eu fiquei assistindo Domingo Maior que passava um filme do Chuck Norris e que por sinal já tinha visto umas 18 vezes.

A preguiça corrompe, e num nível elevado compromete várias áreas de uma vida. Se pensarmos um pouco mais a fundo, podemos colocar, como hipótese, o fato dos relacionamento de hoje serem superficiais pela preguiça de se aprofundar e se empenhar em algo. Afinal de contas é muito mais fácil ser uma pessoa que "fica" do que uma que namora, é muito mais fácil ser um cafajeste do que ser um pessoa de princípios.
Segundo a igreja católica trata-se de um do 7 pecados capitais (que são merecedores de condenação) que se caracteriza principalmente pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza. Aversão ao trabalho, freqüentemente associada ao ócio, vadiagem.

Curiosidades:

- Preguiça é o 3º crime no filme Seven - os sete pecados capitais;
- O Demônio relacionado a Preguiça é Asmodeus;
- A virtude que contrapõe este pecado é a Diligência;
- O Baiano é considerado preguiçoso porque todo nordestino (chamado instantaneamente de baiano) quando chegava na região sul do país não tinha emprego, consequentemente era um preguiçoso.
Por favor, não fiquem com preguiça de comentar.
Tira retirada do site Tirinhas.com

Os 7 Pecados Capitais - Vaidade - Espelho, espelho meu...




Vocês, leitores, sintam-se privilegiados ao ler o melhor post do especial 7 Pecados Capitais. Presunção a minha? Imodéstia? Vanidade? De modo algum. Isso é apenas para contextualizar o segundo dos defeitos fatais a serem retratados no ComTatos.

A vaidade supervaloriza o ego, seja na aparência, ou em quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais, de modo que elas sejam reconhecidas, e de preferência, admiradas pelos outros. Gera grande admiração pelo próprio mérito, um excesso de amor-próprio e extrema arrogância. O vaidoso sente imenso prazer a respeito de seus méritos. Acha-se tão admirável que despreza os feitos dos demais e vangloria a si mesmo como obra-prima do esmero divino.

Geralmente, a vaidade está ligada à aparência, aos excessivos esforços na manutenção da beleza e à supervalorização da própria harmonia de formas, à lá Narciso. Porém, aqui se enquadram também a soberba e as demais ações de prepotência e desprezo com relação aos outros.

Na atual sociedade, a vaidade é um dos sete pecados mais em voga. Há uma ditadura da beleza, que prega às mulheres que ser bela é obrigatoriamente sinônimo de magreza; cabelos longos e lisos, de preferência claros; corpo definido; cintura fina e seios fartos. Os homens não escapam da categoria e já têm até um rótulo a respeito, os metrossexuais, indivíduos ligados à beleza, que em geral são depilados, têm abdômen tanquinho, ombros largos, peitoral definido e demais atributos.


Vivemos em uma sociedade de bonecos, na qual as mulheres são a Barbie e seus parceiros, o Ken, tudo é voltado ao consumo e ao manter-se belo. A auto-estima torna-se um reflexo tido apenas nos olhos dos outros, e para se sentir bem há que ter o aval do próximo, legitimando a perfeição. Neste âmbito, a beleza é suficientemente boa em si mesma e a inteligência, a sagacidade, o bom-humor, a instrução, tornam-se itens opcionais a serem conferidos na lista depois das prioridades.


Há estudos científicos que descrevem a seleção natural darwiniana de acordo com os padrões da beleza Barbie.

Hoje em dia, há que ter cuidado ao lidar com a vaidade e com a ditadura da beleza. Seguindo está ética, o numero de cirurgias plásticas aumentam; cada vez mais, afina-se o nariz, aumentam-se os seios, diminuem a cintura. As dietas malucas viram lugares-comuns. Alisamento, descoloração e mega-hair são os principais tratamentos nos salões de beleza. Anoréxicas e bulímicas se multiplicam e isso é considerado normal e natural, e não como um comportamentos doentio. Estamos ultrapassando os limites, perdendo o poder de diferenciar os nossos reais desejos do que é importo pela mídia como ideal de beleza.

Assim, um outro significado de vaidade se faz presente, a qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre uma aparência ilusória. Como diria o velho ditado: por fora bela viola, por dentro pão bolorento. Será que compensa dedicar tantos esforços para legitimar a própria superioridade?

No cinema, já fomos alertados de que o pecado não compensa. Lúcifer é o demônio que representa o orgulho e o próprio coisa-ruim, na pele de Al Pacino, em “O Advogado do Diabo”, afirma que a vaidade é seu pecado favorito, tentando seduzir o filho, metidão convicto, Keanu Reeves.

Para descer do salto, a virtude que contrapõe a vaidade é a humildade, que nos traz à tona a realidade de que somos todos farinha do mesmo saco e que, quando o único mal irremediável chegar, ao pó retornaremos.



ComTatos recomenda:
Um conselho de Décio de Almeida Prado, teatrólogo, escrito em 1949, o texto continua atual.
"Carta a uma jovem atriz"
A vida fútil nutre-se da aparência. Quer somente parecer. Parecer interessante, inteligente, bela, instruída.... Às vezes, quer parecer até boa, altruísta, corajosa. Para pessoas fúteis, ser não é importante, o importante é parecer.
Estas palavras, que eu gostaria que você guardasse, só tem um defeito: pecam pelo excesso de generosidade.
A vida fútil, na sua forma mais moderna e atual, não quer parecer inteligente, bela ou boa. Quer parecer somente. Quer aparecer de qualquer forma e a qualquer preço. Sob um ângulo favorável, se possível, ou desfavorável, se não houver outra alternativa.
É a sede de propaganda, de publicidade, que é uma das características mais fortes do mundo moderno. O perigo em tais casos é que começando por enganar os outros acabamos fatalmente,
através de uma lei bem conhecida, por enganar nós mesmos.

Os 7 Pecados capitais - Luxúria - O prazer é todo meu!

Joãozinho era um rapaz solitário, tímido e inteligente.

Mas, Joãozinho não tinha amigos, muito menos uma namorada.

Era orfão de pai e mãe e foi criado pela vizinha que não tinha filhos, apenas um cachorro.

Joãozinho com sua timidez, logo era isolado na escola, porém isso lhe rendia frutos, era aplicadíssimo e só tirava notas boas, com isso começou a fazer os trabalhos dos colegas e em troca recebia dinheiro por isso. Como tinha vergonha em se expressar, não cobrava muito, apenas o que o colega estivesse disposto a dar.

Porém os anos passavam e Joãozinho ia ficando cada vez mais sozinho. Sua tutora, a vizinha, tinha falecido e ele vivia agora em um apartamento emprestado por uma prima rica. Ele Trabalhava com computação e ganhava razoavelmente bem e como morava sozinho gastava com tudo o que quisesse.

O paradoxo disso, é que ele gastava tudo com prazeres...Uma parte na Augusta( a parte boa mané, aquela do Roberto Carlos), outra parte em lanches do MC Donald´s e a terceira parte em computadores, já tinha 5 em sua casa, um de cada tipo.

Vamos deixar o MC Donald´s de lado e os computadores também. O foco é no prazer carnal que Joãozinho procurava.

Não importava o que era: Loira, Morena, Mestiça, Oriental e qualquer tipo de pessoa, fosse homem ou mulher. Por trás daquele sujeito tímido havia um maníaco por sexo, uma pessoa dependente do prazer carnal, do prazer a todo custo. De tanto sair com elas acabou ficando amigo e nessa ainda ganhava desconto.

O tempo passou e Joãozinho virou um empresário do ramo. Começou com uma pequena casa no centro, com 5 mulheres. Passou a duas casas e depois quatro, quase em progressão geométrica.

Mas isso não era tudo, ele fazia uma seleção das moças que queriam trabaLHar naquele local, o famoso teste do sofá. E que teste...

A obsessão pelo prazer era tanta que aquele homem tímido tinha se tornado um maníaco. Se você falasse de política ou futebol com ele, provavelmente seria ignorado, agora bastava falar sobre sexo que ele se abria todo e começava a contar quantas capas de revista tinha pego e quantas ele iria convidar para próxima festinha pessoal em sua suntuosa mansão no Morumbi.

Era praticamente um Asmodeo(O Deus da Luxúria)

Mas o tempo, senhor da razão chegava e Joaõzinho de uma hora para a outra começou a ficar doente, se sentia mal, fraco e seu corpo começava a apresentar machas de diversos tipos. Foi ao melhor médico desse país que o analisou e disse: João da Silva, você está com HIV, Sífilis e Gonorréia e todas em estágio avançado.

Tentou de todas as maneiras um tratamento eficiente, mas já era tarde. Só lhe restavam três meses de vida e ele, claro, continuou trabalhando...


Vídeo: Cena do filme Striptease, com Demi Moore.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mea Culpa

O dia começa, a rotina e a inércia norteia a todos como em qualquer outro dia. Parece que as pessoas andam com seus olhos vendados, andam no automático e não percebem o que as cerca. Precisa ser algo muito grande, seja muito bom ou muito ruim, para tirarmos a concentração dos nossos umbigos.

O que aconteceu ontem no Rio de Janeiro é uma dessas tragédias que nos fazem pensar o caminho que temos percorrido, mas de um modo maior, como cidadãos.

Sem hipocrisia, o grande culpado morreu ontem, mas todos nós temos nosso percentual de culpa, alguns mais, outros menos. Você pode não concordar com as minhas colocações, mas, o fato é que, se desmembrarmos algumas verdades chegaremos em como somos todos culpados.

Desmembremos:

PERGUNTA: O rapaz estava armado, certo? Quem vendeu a arma a ele? Se hoje, só pessoas com porte de arma e policiais/forças armadas podem possuir tal artefato, como o rapaz conseguiu?
RESPOSTA: Tráfico de armas, via fronteiras desprotegidas ou até mesmo a arma que um cidadão de bem compra para se defender e após um assalto a arma legal vai pra ilegalidade. Todos sabemos da facilidade que é entrar com armas no país e a facilidade que é de comprar um dessas na ilegalidade, mas se alguém compra é porque tem mercado para isso.

VEJA Como funciona o tráfico de drogas

PERGUNTA: Qual seria esse mercado?
RESPOSTA: O tráfico de drogas. As armas chegaram ao Brasil ou até são fabricadas por aqui e caem na mão dos bandidos, mas o que isso tem a ver com peguinha inocente seu, do seu amigo, do seu conhecido? Se isso é um mercado ilícito, o vendedor precisa se proteger da polícia, dos fiscais de fronteira, entre outros, que muitas vezes são até seus sócios nesse negócio.



PERGUNTA: Mas quem é o responsável por inibir o livre acesso de armas, drogas ao país e impedir que os traficantes tenham seus clientes?
RESPOSTA: Os políticos, policiais, agentes e outros funcionários públicos. A partir de políticas públicas é possível inibir algo tão grandioso? Na verdade, cada um dos políticos desse país, que são pagos para serem nossas vozes nessa democracia, tem a obrigação de se empenharem ao máximo para impedir cada revólver, cada biriba, cada grama de cocaína, ou cada punhado de maconha de entrar e ser vendido ilegalmente no país.



PERGUNTA:  Mas quem coloca essa gente no Governo?
RESPOSTA: Todos nós. Cada vez que o governo falha, você falha, eu falho. Falhamos por não cobrar, falhamos por votar sem saber, falhamos por nos isentar da responsabilidade de sermos cidadãos. E cada vez que o nós falhamos, um traficante se aproveita...



A história se repete porque nós preferimos prestar atenção no próprio umbigo.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Ingrediente secreto



Então é Natal... E você vai ouvir Jingle Bells em cartões de felicitações. Vai tocar Simone e aquele seu tio piadista vai fazer trocadilhos durante a ceia quando alguém for pegar o peru, ou perguntar se o pavê é “pra ver ou pra comer”. Previsível, certo? Bom, não teve nada disso nesse ano. E eu tive um dos Natais mais legais que poderia imaginar.


Além de abraços e votos de felicidade, saúde e paz, não troquei presente com ninguém. Fiz um acordo com “o pessoal” de que daríamos presentes só no começo de janeiro, algo como Dia de Reis. Já que os Reis Magos só presentearam o Menino Jesus em 6 de janeiro, vamos seguir a tradição à risca. Na verdade, decidimos isso porque depois do Natal os preços caem, assim como o movimento nos shopping centers. Ou seja, menos loucura e presentes mais legais por preços camaradas (ou quase).


Enfim, passei a virada do Natal com a família do namorado e durante a ceia lembrei do peso de uma guitarra e tive a triste constatação de que um sol e um ré é o máximo que consigo tirar (com certa dignidade) de um violão.


Fui visitar os Buracoffs somente no almoço do dia 25. E foi aí que tudo começou. Depois de um ano sem conviver com toda a turma do clã, chegando lá foi a mesma coisa de sempre: primaiada no videogame, na TV ou no computador, tios no carteado, as conservas de berinjela das tias, os doces na mesa ao lado das frutas secas, a luta para deixar a cerveja e os refris gelados e a churrasqueira torrando uma carne esquecida da noite de ontem, até rolar mais churrasco. Como sempre, teve uma chuva de verão (só para estendermos a lona lá fora) e eu reparei de novo que “Uau, como meus primos estão crescidos!Lembro deles pequenininhos...”


Mas dessa vez tive algumas surpresas diferentes. Vovô ficou todo feliz quando dei pra ele a cachaça que trouxe de Minas Gerais e, quando o tio pôs pra tocar a sua seleção de classic rock, eu constatei que não sou a única da família que gosta de Queensryche e Nixons.


Quando vi que minha priminha de 5 anos "esqueceu quem eu era" notei que preciso participar mais das deliciosas reuniões de família (Shame on me =/ ). Acontece que depois que minhas duas avós morreram em período de véspera de Natal a data perdeu um pouco da graça toda e seu sei que nunca mais o clima de Natal vai ser o mesmo. E não tem como ser.


Mas o que percebi hoje foi que o Natal não precisa de nada extraordinário para ser especial. É como em Kung Fu Panda, quando Po recebe o Pergaminho do Dragão, ou quando vê que a sopa do ingrediente secreto não leva nenhum ingrediente secreto. Na verdade, o segredo está na nossa cabeça. Por acreditar que a data tem algo especial a gente tem vontade de fazer aquilo de um jeito melhor. E no fim, somos nós que deixamos tudo diferente.


Esse ano eu achava que meu Natal seria mais do mesmo e, na verdade, ele foi o mesmo, mas muito mais. Mais legal, mais sincero, mais tocante. Porque eu percebi que as coisas simples “de sempre” são justamente o que fazem dele tão especial. É fazer artesanato com papel, garrafa pet ou miçanga ao lado das tias. É conversar com os primos, aqueles tão crescidos, e ver como as crianças crescem rápido demais. É voltar pra casa pesada porque misturou churrrasco, cerveja, grão de bico e arrematou com um mousse e uma gelatina.


Obrigada, de coração, a todos os Buracoffs que fizeram de todos os meus 25 Natais dias inesquecíveis, simples e regados de carinho e boas risadas. Poder viver isso uma vez por ano ao lado de vocês é simplesmente algo mágico e muito precioso. Espero que o Natal de vocês tenha sido, acima de tudo, feliz, assim como foi o meu.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

É o Praça do Correio?

Dia desses, um amigo estava tentando me convencer a ir pro bar (como se uma coisa dessas precisasse de convencimento...) e me falou de um ônibus que passa ao lado de onde ele estava e que pára na frente de casa. No meio dos argumentos eu falei que tinha mil coisas pra fazer, além do basicão tomar banho, jantar, dormir. No meio da conversa, constatamos que fazia tempos que não nos falávamos. Porque, ultimamente, a gente só se via em turmas e nessas reuniões ninguém conversa direito com ninguém.

Comentamos sobre o que gostaríamos de falar no bar. Falei da minha TPM e das minhas aulas. Ele falou dos projetos de foto e da faculdade. Comparamos as agendas para ver se vai demorar muito para conversamos. Falamos de expectativas. De planos, objetivos, ânsias. Precisávamos da opinião do outro porque, às vezes, você tem dúvidas quanto às suas certezas. E é para isso que servem os amigos, né?! Para apontar o invisível que a gente ignora. Aí que eu vi que, tanto eu quanto ele, queríamos falar sobre a mesma coisa: as incertezas.

Tenho certeza que todo mundo tem uma incerteza que apetece o sorriso. Um aperto no peito antes de dormir. Ao menos uma vez por mês. Porque ninguém sabe se está mesmo no rumo certo. Às vezes você sabe. Às vezes, é uma crença e você quer mesmo que esteja certo. Às vezes é um sentimento, quase uma superstição do tipo “só pode ser”. Mas saber mesmo, sempre, ninguém sabe. E não sabe porque a vida é tentativa e erro. É aposta, é jogo. Tem hora que é forca. Tem hora que é xadrez. E nas horas em que a vida é batalha naval eu queria que ela fosse amarelinha.

Ninguém sabe o caminho para suas certezas. Ele pode passar pela Praça do Correio e te deixar num bar. Ou ela pode pegar aquele caminho pela Rio Branco e seguir reto toda a vida. Não tem motorista que dirige devagar, para que você possa reparar se está perto do ponto. Porque a vida não tem itinerário e ninguém sabe se esse ônibus é mesmo o “Praça do Correio”.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

De olho neles

Feliz ano novo atrasadíssimo, portanto, não posso perder muito tempo, e vamos que vamos direto ao que interessa. Nesse início de ano, e de trabalho, vou começar a falar de alguns roteiristas que fizeram com que certos personagens famosos se tornassem o que são hoje, rentáveis, dando lucros enormes e tudo o mais. Portanto, olho neles nesse ano, pois o que escrevem sempre darão bom caldo.


Kurt Busiek


E por que não começar falando de uma lenda viva. A fera se chama Kurt Busiek. Esse cara roteirizou grandes clássicos, como “Marvels” e “Superman - Identidade secreta”. Ele também roteirizou ótimas aventuras do Conan, em sua passagem pela Dark Horse.

Kurt sabe tudo e, atualmente, está na DC, roteirizando a Action Comics - principal revista do Superman. Se houver alguma história escrita por ele esse ano, pode comprar, pois é sinônimo de bom divertimento.


Grant Morrison

Esse é o homem que leva a DC nas costas juntamente com Geoff Johns. Escreveu o clássico “Asilo Arkhan”, (a passada de mão do Coringa na bunda do Batman já fala por si só), como também “Grandes Astros Superman”, um pequeno clássico.

Atualmente é o cara que roteiriza as principais histórias na DC, pode comprar suas histórias que é garantia de pura diversão.


Frank Miller

Atualmente está vivendo a carreira de cinema, que cá para nós, não é a sua praia, mas o cara já escreveu vários clássicos, entre eles o grande “O Cavaleiro das Trevas”, “Ronin”, e a “Queda de Murdock”. Inspirado, quando escreve, sabe tudo. É garantia de boas histórias, faz tempo que não escreve alguma coisa que preste, mas tem muito crédito.

Geoff Johns

O cara que leva a DC nas costas junto com Grant Morrison e revitalizou alguns personagens esquecidos, como os vilões do Flash. Também revitalizou o personagem Lanterna Verde, que até terá a sua própria adaptação ao cinema. É o autor da série “Crise Infinita”. Também auxiliou nada mais nada menos que Richard Donner em roteirizar algumas histórias do Superman para DC. Esse é o cara.


Garth Ennis

O roteirista mais insano da atualidade. Escreveu “Hellblazer”, que já mandou um recado a que veio. Também escreveu a melhor série para adultos do “Punisher”(Justiceiro), seu melhor personagem. É garantia de histórias sangrentas, insanas e talentosas. Olho nele esse ano.

No mais, poderia falar de outros, a lista seria comprida, mas não vou falar de outros roteiristas da Marvel. Com a bagunça que fizeram com o personagem símbolo da editora, O Homem Aranha, eles não merecem muito crédito. E esses roteiristas que aqui descrevo são os mais promissores, raramente fazem bobagem e são garantia de boas histórias e diversão garantida.

Boa leitura.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Multifuncional, Multicultural, MultiSESC

Em São Paulo, maior metrópole do Brasil e uma das maiores do mundo, o que não falta é opção de cultura. Temos uma gastronomia maravilhosa e diversificada - de pastel de bacalhau no Mercadão ao Bassi com suas carnes apetitosas; temos salas de espetáculo de dar inveja em vários países do mundo - de Teatro Municipal ao recente e maravilhoso teatro Bradesco; temos museus que são tanto obras de arte por fora, quanto por dentro, tais como o MASP e a OCA. 

O que me espanta é que existe um reduto de ótima cultura espalhada pela cidade e que alguns cidadãos desconhecem sua importância: o SESC - Serviço Social de Cultura. Criado há mais de 60 anos, o SESC marca uma forte presença no desenvolvimento cultural do Estado de São Paulo, isso porque são mais de 32 unidades espalhadas pelo território paulista.

Com uma grade bastante diversificada, conta com cursos, espetáculos de teatro e shows, atividades físicas, turismo e diversas outras possibilidades. O melhor: tudo isso por um preço muito honesto. Eu mesmo fiz um curso com um dos mestres da fotografia atual pelo módico custo de R$ 20,00 e assisti a um show do ótimo Ed Motta pelo mesmo valor.

Tornar a cultura algo, não só acessível, mas, que representativamente tenha qualidade e ainda por cima seja democrático, é uma maravilhosa ilusão que se torna realidade. Para se ter uma idéia em 2009 foram realizados: 6.209 espetáculos teatrais, 4.368 espetáculos musicais e 2.991 sessões de cinema. Além de tudo isso, a entidade tem um trabalho social na área odontológica e possui 102 consultórios espalhados pelo estado.

Precisa de mais alguma prova sobre a multifuncionalidade cultural do SESC? Então entre no site e procure na programação, mas antes disso, não marque nada para as próximas semanas...

* Este post não é publieditorial.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Vida de gato

Texto de Carlos Alberto

Os gatos sempre estiveram na moda. Desde o Egito antigo eles vêm dominando o imaginário popular, sendo alçados a serem azarados pelo grande Edgar Alan Poe em seu famoso conto sobre um gato preto. Há ainda a famosa peça Os Saltimbancos, que é cultuada e remontada até hoje.


E, como é sabido por todo mundo que cultua quadrinhos ou desenho animado, muitos são os personagens ilustres que se eternizaram na memória popular, figurando como protagonistas nas mais diversas lendas ou histórias. Além disso, as HQs não se furtaram ao domínio incandescente destes tão conhecidos felinos. Diante de muitos podemos citar O Gato Félix;, o Frajola da dupla com o Piu Piu; o grande Tom da mais famosa dupla com o não menos famoso Jerry; o Manda Chuva e o lendário Gato de Botas, hoje divertidamente representado na cinessérie Shrek, entre muitos outros.


Mas, nessa oportunidade vou falar do mais chato, preguiço e carismático membro desta elogiosa estirpe: o Garfield, cuja primeira tira foi publicada em 1978, mais precisamente em 19 de junho. Portanto, já faz mais de 31 anos que esse felino tarado por lasanha vem deliciando os seus fãs com os mais diversos comentários mordazes dos quais se tem notícia.


Garfield estrela suas tirinhas em mais de 2.500 jornais por volta deste mundo, perdendo apenas para a famosa série Peanuts (Snoopy, um cachorro, quem diria). Seus ótimos coadjuvantes são Odie, um cão muito burro, porém carismático, e Jon Arbuckle, um cartunista, que é o dono dos dois.


O gato laranja é uma criação de Jim Davis, que inspirou-se no nome de seu avô James Garfield Davis, o qual teve seu nome em homenagem ao presidente americano James Garfield. Em suas primeiras histórias Garfield tinha traços bem disformes, grandes bochechas e olhos desproporcionalmente pequenos. Posteriormente, Jim Davis redesenhou Garfield, com olhos ovais e barriga menor, dando como justificativa ridícula uma dieta forçada.


Sua principal característica talvez seja a preguiça, ou a tara por lasanhas, mas tem um prazer inenarrável em chutar o Odie; arrotar; caçar pássaros e carteiros ( o que já gerou diversas tiras lendárias); detestar caçar ratos e, talvez sua maior influência - o ódio mortal contra a segunda-feira, mesmo sabendo que nasceu em uma.


As ironias e críticas mordazes feitas por um gato que age como ser humano e encara problemas do cotidiano, poderiam servir de inspiração para a famosa série televisa dos Simpsons, que está comemorando mais de 20 anos de programação.


O sucesso de Garfiled é tanto que, entre muitas derivações do personagem estão uma série televisa criada em 1982 e produzida até 1995 e a adaptação da história para o cinema em 2004, com direito à continuação em 2006. Assim, com essa vida fácil e bensucedida, quem duvida que o bichano não viverá por mais 7 vidas?