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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Tremendo de Medo

Terror é algo que mexe com a gente, principalmente, porque foge do óbvio. Nada discute tanto o indiscutível quanto o terror, são espíritos, monstros, almas penadas, casas assombradas entre outras coisas sobrenaturais que colocam em xeque alguns dogmas. Esse mundo já fez criações que passaram a existir na imaginação humana, como vampiros, lobisomens e fantasmas.

O assunto acabou sendo levado ao cinema, teatro, literatura e até aos quadrinhos. No cinema o autor Stephen Edwin King, mais conhecido como somente Stephen King, tem dezenas de filmes adaptados de suas obras como o incrível filme O iluminado, 1980, estrelado por nada mais nada menos que Jack Nicholson e dirigido por Stanley Kubrick, esse título é só um deles, você possivelmente já viu alguns desses filmes: “Carrie, a estranha”, “Cemitério Maldito”, "Christine, o Carro Assassino", “Tempestade do Século” e mais recentemente “Quarto 1408”, estrelado por John Cusack, e Samuel L. Jackson.


Foram muitos exemplos de filmes mas os quadrinhos de terror têm tomado um espaço importante no mercado, até nosso autor Brasileiro André Vianco lançou o seu Vampiro do Rio Douro. Temos outros nomes importantes nesse segmento como o Monstro do Pântano e Hellblazer que tiveram o grande Alan Moore como roteirista e fizeram esses nomes serem conhecidos mundialmente.


Stephen não podia ficar para trás e tem sua saga, A Torre Negra, escrita e “quadrinada” da melhor maneira possível, sob os roteiros de Peter David (Star Trek, Incrível Hulk, Aquaman, Wolverine) e arte de Jae Lee (Batman, Homem Aranha, X-Factor, Excalibur).
Abaixo você encontra a sinopse do primeiro episódio do quadrinho que conta os primeiros dias de um pistoleiro num mundo imerso de magia e suspense.

“Num mundo que seguiu adiante, o jovem Roland Deschain um dia será conhecido como o Pistoleiro – mas, por ora, ele é apenas um garoto às raias da idade adulta. Por anos, seu destino foi manipulado pelo feiticeiro conhecido como Marten Broadcloak. Roland finalmente decidiu tomar uma atitude, e o destino do mundo repousa nas conseqüências de seu atos... Testemunhe os primeiros dias da imortal criação do premiado roteirista Stephen King, numa minissérie escrita pelo inigualável Peter David e ilustrada pelos aclamados Jae Lee e Richard Isanove.”

Eu estou colecionando e recomendo!



***** A Torre Negra

Panini - Pelo Selo Marvel Comics

Minissérie mensal em sete edições (Eu já estou no terceiro episódio)
Formato americano
36 páginas
R$ 4,90
Papel LWC
Distribuição nacional

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Café com Livraria

Os livros geralmente te colocam num ambiente especial, num ambiente muitas vezes lúdico. Para dar asas a imaginação nada melhor que um café. O V. Café tem essa essência e desde a reinauguração da nova Livraria Cultura no Conjunto Nacional vem servindo seus frequentadores com os mais sofisticados cafés e afins.

O V. Café é do grupo Viena que desde 1975 serve aos transeuntes do prédio que hoje abriga o novo empreendimento. O V. Café oferece ambiente moderno e cardápio clássico com itens preparados na hora: tostados de brioche, pão de miga e beirute, sanduíches frios servidos no prato, salgados variados, a tradicionalíssima coxa-creme do Viena, cafés e chocolates quentes ou frios, sopas, bolos, tortas, cheesecakes, pudim, mousse, salada de frutas e sorvete.

A grande novidade que não existia em nenhum dos restaurantes do Grupo é a criação e elaboração de bebidas clássicas e muito bem produzidas com o apoio de baristas da Bravo Café.

O ambiente é elitizado, onde é possível encontrar pessoas degustando seus cafés com seus noteboks de tecnologia WiFi. A Livraria Cultura, por sua vez, substitui suas antigas quatro unidades – que foram desativadas – por uma área de 4,3 mil m2 dividida em três pisos, onde funcionou por 40 anos o tradicional Cine Astor, fechado desde 2001. É a maior livraria do país. Além de comportar uma revistaria, um teatro (Teatro Eva Herz) e espaços especiais para crianças, autógrafos, lançamentos e exposições temporárias, a loja passa a vender CDs e DVDs. Nesta seção, com um acervo de 35 mil exemplares e um enorme painel de Carlos Matuck na decoração, foi dada atenção especial ao jazz e à música clássica.

Para dar um gostinho todo especial a esse post a Assessoria de imprensa do V. Café nos mandou a receita de uma das delícias encontrada lá, aprecie essa opção como nós do Com Tatos.

Café Vienense

Ingredientes:
· 2 cubos de gelo de café*
· 3 colheres (sopa) de ovomaltine
· 5 bolas de sorvete de creme
· 30 ml de leite
*No dia anterior: preparar o café, colocar em fôrmas de gelo e congelar. Opção: substituir os dois cubos de gelo de café por uma dose de café bem forte + um cubo de gelo.

Decoração e finalização:
· 1 colher (sopa) de calda de chocolate
· Chantilly
· 1 colher (chá) de ovomaltine

Preparo:
· Decorar um copo alto com a calda de chocolate. Reservar.
· Bater no liquidificador os cubos de gelo de café, o sorvete e o leite.
· Acrescentar o ovomaltine e bater por mais um segundo (só para misturar, permanecendo o crocante).
· Finalizar com chantilly e ovomaltine.

domingo, 18 de maio de 2008

Tradição Oriental

No ano do centenário de imigração japonesa, o que fica presente depois desses cem anos é o espírito de perseverança e luta de um povo que um dia saiu de sua terra natal para tentar a sorte num lugar onde ninguém imaginava dar certo. Tanto deu certo que um bairro em São Paulo vive essa certeza.

O Bairro da Liberdade, que tem esse nome desde 1858, abriga em plena harmonia três diferentes cultural orientais, os Japoneses, os Chineses e os Coreanos que apesar do olho puxado possuem vertentes bem diferentes.
O pitoresco lugar de São Paulo traz entre suas diversas atrações uma feira que funciona aos finais de semana, com gastronomia, artesanato e outras relíquias da cultura oriental. Junto com alguns amigos, sempre fomos um dos freqüentadores da barraca do magnífico Guioza. Para nosso espanto, hoje, ao voltar ao local com o intuito de degustar a iguaria tivemos uma desagradável surpresa? Cadê a tradicional barraquinha?
O Guioza, segundo nossa fonte e profundo conhecedor do assunto, foi, bem nos primórdios, introduzida à culinária pelo povo indonésio, que separava em trouxinhas de massa de arroz pequenas porções de carne de vaca, porco e uma pequena porção de legumes. Isso porque, era um alimento feito para não existir divisão, colocado a disposição em um momento de escassez de comida.
A Dona Yoko Nakamura, veio de Itapecerica para São Paulo há mais de 30 anos, em busca de melhores condições de vida. Aqui ela encontrou a oportunidade que precisava aprendendo sobre culinária e lapidando um dom que fez dela referência. Logo depois de passar por um restaurante, resolveu colocar uma barraca na tão famosa feira da Liberdade para vender e divulgar o Guioza. Pelo menos durante seus primeiros 10 anos só tomou prejuízo, como ratificou Frank Nakamura.
Honorável Frank que viveu praticamente sua vida fechando os tão famosos bolinhos, teve como grande mestra e incentivadora a mãe. Dona Yoko estreitou seus laços com seus filhos, ao manter seus rebentos ao seu lado, formou neles um espírito que vai muito com a raiz daqueles imigrantes que vieram para o Brasil para manter a dignidade de suas famílias. Ensinou princípios e acima de tudo respeito pelas pessoas.
"Eu não vendo só guioza ou nikumanju, eu vendo os fundamentos da cozinha" - falou com propriedade Frank, que aos 30 anos se vê num dilema. Após o falecimento de sua mãe o direito de manter a barraca na feira foi perdido, e as três décadas de história foram colocadas de lado por causa da burocracia das leis municipais.
O que espanta é que uma pessoa que empregava 17 pessoas diretamente, além, de várias outras indiretamente, perde o direito de trabalhar. E na contra-mão você encontra milhares de empresas capitalistas que para se manterem no mercado e baixarem seus custos mandam centenas para o olho da rua e os prefeitos dão seus tapinhas nas costas sempre dizendo que é de uma grande empresa assim que a cidade precisa.
O que a cidade precisa é de gente como a Dona Yoko e o Frank, que tem dignidade e honra, o que a cidade precisa é de alguém que realmente governe.
O jovem Frank não desistiu de seus sonhos e mantem viva a sua origem, em um espaço ao lado do Habib´s, na Avenida Liberdade, 638, vendendo seus deliciosos guiozas e nikumanjus (bolinhos cozidos feitos de massa de arroz com recheios variados, como o de carne de vaca com curry, com sabor bem marcante e agradável. Mas acima de tudo o Frank não troca dinheiro por comida, ele troca laços de amizade com seus clientes, que hoje, tornaram-se amigos.
Perpetuando o ideal passado por Dona Yoko, Frank estabelece laços com as pessoas que o prestigiam na cozinha. As mãos de Frank, marcadas pelos cortes das facas, que simbolizam seu aprendizado na cozinha são a prova de que o mais tradicional guioza paulistano é feito com muita tradição, e acima de tudo, COM TATO, com cuidado e carinho.
O bairro da Liberdade traduz no nome a essência da convivência pacífica de diferentes povos e o respeito pela multiplicidade de culturas e nós, como freqüentadores assíduos deste celeiro cultural fizemos questão de registrar nossa indignação com esta situação revoltante.
Há nove meses um dos representantes da cultura oriental de um evento tão múltiplo perdeu o direito, seu por herança e por mais de vinte anos de trabalho e dedicação, de não apenas vender "bolinhos japoneses", mas de propagar o verdadeiro espírito de honra e tradição, tão marcantes na cultura japonesa e tão invejados por nós, brasileiros sem passado e sem laços de honra com nosso folclore.
Cultura não se traduz apenas em visitar museus, pinacotecas, estantes de literatura e feiras de artesanato das rendeiras no sertão do nordeste. Cada um de nós somos agentes da cultura, nós a propagamos. Portanto, cultura é passar para seus filhos, amigos e familiares os ideais herdados de nossos antepassados, e desta maneira, interferirmos no meio em que vivemos, criando a cultura local na qual todos somos inseridos.
Nossa consternação não ficará muda, porque queremos que a filha de Frank, que virá em agosto próximo, possa perpetuar o legado de sua "Batchan"(Avó em japonês). Queremos que os visitantes da Feira da Liberdade possam conhecer histórias de vida de família de imigrantes japoneses, como a de Frank, e queremos que a história não se encerre com uma tradicional feira de cultura oriental vendendo acarajé, como acontece atualmente.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Quando a Vela apagar...

Já se passaram 50 anos desde que o “poetinha” Vinícius de Moraes, soltou a incongruente afirmação de que “São Paulo é o túmulo do samba”. Quem sou eu para contestar Vinícius, mas desde aqueles tempos eu acredito que ele estava equivocado. Veja bem “equivocado”, pois já nos anos 50 tínhamos compositores de primeira categoria, cordões carnavalescos e escolas de samba férteis não só em seus sambistas, mas nos seus sambas. Claro que nada se compara ao Rio de Janeiro daqueles tempos, mas nada que também possa desprezar os sambas que aqui nasceram e ainda hoje sobrevivem.


E para contrariar um dos poetas mais respeitados da música brasileira, hoje podemos estufar o peito e dizer que esta frase de Vinícius é que está enterrada.


Uma prova disso é o Samba da Vela.

A origem da Comunidade Samba da Vela é quase um poema. Melhor, é digna de enredo de escola de samba. Surgiu por iniciativa quatro jovens compositores da periferia de São Paulo, munidos de cavaquinho, pandeiro, tamborim e muita força na voz, que se reuniram no bairro de Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, para cantar seus próprios sambas e abrir a roda para que novos compositores pudessem apresentar suas criações também.


Aos poucos, mais amigos se juntaram ao grupo e a empolgação, que durava toda a madrugada. Não demorou muito para ganhar um novo protagonista: a vela. Colocada no centro da roda, ela funciona como um relógio, e dita os rumos do encontro, daí o nome do grupo. Enquanto o pavio queima, sambas inéditos são apresentados, mas, quando a vela apaga, o silêncio toma conta do lugar e todos encerram a mostra de sambas.


O conceito desse projeto segue os passos dos sambistas do passado como Candeia, por exemplo, e ajuda a formar idéias, cultura e arte. Tá certo que o samba tem a cara do Rio de Janeiro. No entanto, apesar de todo o glamour do samba carioca, o samba paulista tem sua importância e valor, é por isso que O Samba da Vela, Quinteto Branco e Preto, Eduardo Gudin, Geraldo Filme, Adoniram entre outros merecem nosso total respeito.


Quando a vela se apagar e o samba terminar
Saudade não me deixe ir embora
Meu peito vazio implora
Que uma luz me ilumine agora!
Chora, chora
A comunidade chora, a comunidade chora

A Comunidade Chora
Compositores: Magnu Sousá/Maurílio de Oliveira/Edvaldo Galdino



sexta-feira, 9 de maio de 2008

Eu Google, Tu Google, Ele Google, Nós...

Não faz muito tempo e você não tinha noção do que era a internet, mandava cartas para se comunicar e fazia tudo por telefone. Mas veio a rede de comunicação e uma enxurrada de informação veio com ela.

Em aproximadamente 13 anos, desde os primeiros grandes passos da internet no Brasil muita coisa mudou.

O maior site de busca do mundo se tornou uma das principais fontes de novas criações para o universo virtual. O próximo passo será o que? a Matrix?

É lógico que a evolução é inevitável e que a vida tem que se tornar mais dinâmica, mas meu receio é que aquilo que, teoricamente, deveria facilitar nossas vidas nos sobrecarregue brutalmente.

Já tem alguns dias que o Danilo postou algo sobre o celular e a falta de privacidade. Acho que esse texto seguiria pelo mesmo caminho até refletir melhor sobre o assunto e perceber que a internet tem um lado que o celular não tem: Cultura.

Esses dias ouvi falar de um documentário que se chamava Google Me: The Movie - não sei se vocês sabem, mas nos Estados Unidos a palavra GOOGLE virou verbo, que consta em dicionário e tudo, com significado de: procurar algo na internet. No mínimo incrível! - A película trata simplesmente de algo que muita gente fez, e se você não fez vai fazer depois de ler esse texto, que é procurar seu próprio nome site de buscas.

Após realizar a pesquisa, Jim Killeen, descobriu que existiam 7 pessoas com seu mesmo nome, e resolveu retratar as diferentes vidas dessas pessoas que são interligadas pelas coincidências, e até mesmo pelas diferenças, afinal de contas, são pessoas distintas que vivem em regiões distantes e com culturas diferentes.

O mais sensacional dessa história é que o filme está sendo veiculado no You Tube, site do grupo, que dispõe o filme na integra em seus mais de 96 minutos.

Se você sabe falar inglês fica aqui a dica (literalmente), se não fala, abaixo incluí uma reportagem que vi no Jornal da Globo no dia 06/05 falando sobre a gigante empresa do mundo virtual, sua visão de futuro e seu crescimento.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Não é melhor ser alegre?

O Brasil vive sob um estigma de que seu povo é um dos mais dóceis e amáveis por natureza. Não tenho certeza sobre quem foi o primeiro a nos rotular com esses epítetos, se Gilberto Freyre ou outro intelectual de renome. Parece-me também que a carta de Caminha informa ao rei sobre a tranquilidade aparente de nossos índios. No entanto, as manifestações pessoais, coletivas e midiáticas sobre o caso da menina Isabela – curiosa a vinculação do adjetivo “menina” antes do nome. Seria essa prática tão comum uma forma de causar maior furor e comoção geral? – denotam uma faceta oculta de nossa sociedade, de nosso país: a tristeza, a depressão, a melancolia.

Se, de um lado, o luto pela morte de uma criança tão jovem é uma forma de a sociedade se recompor do choque, há, por outro, um espetáculo medonho de notícias incessantes com minúcias torpes sobre a morte da menina (veiculadas até durante intervalo do jogo Ponte Preta e Palmeiras), e de pessoas exaltadas, com os olhos colados em frente ao televisor, ávidas para saber de mais detalhes que – pensam – têm alguma importância para suas vidas. Trocando em miúdos, abundam moscas ao redor da merda.

Será que o brasileiro é tão amável e feliz como se pinta por aí? Um dos sintomas da depressão é justamente remoer as angústias, os motivos que fazem o deprimido sofrer. No caso, a sociedade está em luto. E agindo como uma pessoa doente, esmiuçando detalhes da morte (ou do assassinato), discutindo sobre a inocência, a pureza da menina, trazendo dor a si mesma. Conforme essa tristeza se faz viva, torna-se pertinente a questão proposta desse post: o brasileiro é realmente feliz? Chorar a perda de uma pessoa querida é algo necessário para espantar a dor, mas cutucar a ferida a todo momento e ser feliz com isso é, talvez, doentio. Mas como a sociedade está chafurdada de seus valores tortos, tudo continua como sempre foi. Como diria Lennon, Happiness is a warm gun.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Pagando dívidas e outras coisas

Primeiramente gostaria de relatar que nem tudo está perdido. No dia 24 de março fiz aqui uma reclamação sobre o sistema de transportes, colocando em anexo um email em que relato o problema. Pois bem, após algumas consultas frustradas ao site onde é cadastrada formalmente a solicitação, no dia 11/04 obtive a resposta, vista por mim tardiamente e já sem esperança. Segue:

"Em atenção a sua comunicação gostaríamos, primeiramente, de agradecer a gentileza de seu contato, pois a manifestação dos usuários é de extrema importância para o aprimoramento constante dos serviços de transportes públicos por ônibus na cidade de São Paulo. Sobre o assunto, informamos que os funcionários envolvidos foram identificados e advertidos, ficando cientes que em caso de reincidência, serão adotadas medidas mais severas."
Quem sabe não é o momento de acreditarmos um pouco mais em nossas reclamações e opiniões? Será que elas não podem ser levadas a sério?

No Brasil utilizamos serviços de péssima qualidade e nem pensamos que é obrigação dos prestadores de serviços se prestarem ao mínimo de dignidades de oferecer um serviço que preste. Não há mais espaço para instituições que só sabem oferecer vantagens no momento em que se está prestes a perder seus clientes como forma de compensação pelos erros cometidos no passado. Os mais sábios e antigos já diziam: "quem não tem competência não se estabelece", pois então, cumpra você com o dever de rechaçar empresas que te deixam 3 horas no telefone para um atendente te "atender" mal e porcamente, cumpra com o dever de denunciar as empresas que dizem que te atenderão em X dias e te atendem com X+1 dias, cumpra com o dever de relatar o que está errado e exigir que seja corrigido, e não tenha medo de utilizar os serviços de proteção ao consumidor como o PROCON e o IDEC.


Mete a boca no mundo! Manda ver! Chuta o Balde! Você pode estar perdendo a oportunidade de fazer a sua vida e de toda a sociedade mais simples e mais justa.

No meu caso, utilizei a linha Cemitério da Cachoeirinha ontem, e realmente está funcionando como deveria.

Fica, aqui, meu agradecimento a resposta dada pela SPTrans.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Desabafo

Me espanta a quantidade de pessoas que a cada dia se dispõe a passar horas em frente ao apartamento de onde Isabella foi jogada. Ora, vocês não tem mais nada para fazer?

O que leva um cidadão normal, provido de trabalho, família, casa e outros afazeres a interromper essa rotina para ir na frente de um prédio para olhar para uma janela fechada e especular, pensar, protestar e gritar.

É por esse lado que eu tento entender como funciona a cabeça do ser humano. Este que aceita que apareçam denúncias e mal uso do dinheiro público(algo que é dele) e que não move uma palha para que isso mude, mas que resolve protestar contra uma família que mal conhece e por uma menina que nunca viu na vida. O que move isso?

Me parece que é gostar de ser chamado de bobo.

Quantas meninas como Isabella morrem por dia? Quantas pessoas são assassinadas e nada acontece. E no Rio de Janeiro, onde morrem vários por dia, vítimas do confronto entre traficantes e policiais. Você foi ao enterro de todos eles? Brigou por justiça? Visitou a casa deles? Então porque fez o mesmo por Isabella?

A questão não é apenas julgar o que está certo ou errado. É julgar nossa atitude perante alguns fatos. É entender porque a gente sempre escolhe o caso que está na mídia em detrimento do que é mais importante para nossas vidas.

Pensemos nos nosso filhos, o que podemos nos orgulhar mais ao contar para eles:

1- Meu filho, eu ajudei a derrubar os políticos que desviavam dinheiro e agora esse dinheiro constrói escolas e hospitais para que você use.
2- Meu filho, eu fiquei 5 dias na frente da casa dos Nardoni e briguei por justiça, agora eles estão presos e cumprem pena.

No que o seu filho teria mais orgulho de você?


Fica fácil não é?

Reflita!