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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Quadrinhos Marginais – 40 anos de muitas glórias

De 21 de outubro de 2009 até 28 de fevereiro de 2010 ocorre a mostra comemorativa dos 40 anos dos quadrinhos marginais. O evento teve em sua inauguração, no dia 17/10, uma palestra significativa com a presença de João Gualberto Costa (Gual); do cartunista Marcatti; Will (Quarto mundo) - e Tiago Judas (Sociedade Radioativa), que na oportunidade descreveram como foi o desenvolvimento das obras underground no Brasil, traçando um paralelo com o resto do mundo e a sua influência e representatividade no Brasil.

Para Will, do Quarto Mundo, um coletivo de quadrinistas independentes, “seria ótimo se o autor ficasse só desenhando. Mas, atualmente, você tem que entender do processo de impressão e fazer a sua revista na unha. Ir atrás de patrocínio, gráfica e distribuição.” Ele explica que o Quarto Mundo é um coletivo de autores que se auto-produzem, primando para manter a diversidade de cada um preservada. “O independente não é só uma necessidade é mas do que isso, é um fundamento.”, afirma.

Marcatti completa que o Brasil pode não ter volume de publicação, mas tem diversidade de autores e uma produção de HQ extremamente criativa. “Se tomarmos as rédeas da produção, nos tornaremos vitrine”, diz o quadrinista.

“O bom da cena independente é que as pessoas não se copiam. Elas seguem a própria criatividade. E isso só tem a somar para a diversidade do quadrinho brasileiro”, conclui Will.

Na exposição, há diversas imagens, sendo algumas marcantes no mundo do quadrinho marginal, exibindo-se capas, páginas internas, heróis e anti-heróis, balões, vinhetas, traços famosos e presentes nas mais diversas revistas, como a Boca, Balão, Lodo, Capa, Meia de Seda, Papagaio, As Aventuras de Robert Crumb, Freak, Zap (Acervo da Gibiteca Henfil).

Os quadrinhos marginais começaram a ser publicados nos Estados Unidos no final dos anos 60, tendo a revista Zap Comix, como marco inicial, sendo esta obra publicada e editada por nada mais, nada menos, do que o grande e lendário Robert Crumb. (Aliás, Robert está com uma nova obra a respeito do antigo testamento, mais precisamente sobre o Éden. O material está, surpreendentemente, entre as mais vendidas revistas de HQs nos Estados Unidos, no mês de outubro de 2009.)

Nos anos 70, os quadrinhos marginais tiveram enorme destaque no Brasil, uma vez que na época, diante da ditadura militar que governava o País, eram as referidas revistas o principal crítico aos desmandos o qual eram expostos o público. Quem não se lembra de Henfil, com seus marcantes personagens, como o Fradin, que criticava, de forma corajosa os poderosos que governavam o País?!

Já nos anos 80 e 90, os quadrinhos marginais brasileiros se tornaram referência tanto pela sua criatividade, como pelo seu censo crítico, sendo cultuados, e, por que não copiados por outros ramos dos quadrinhos. Não é por demais dizer que todos os elogios são todos merecidos, portanto, vida longa à marginalidade.

Muitos foram os talentos revelados pelos quadrinhos marginais, artistas importantes, gente graúda como o Laerte, Mutarelli, Angeli, os irmãos Caruso, dentre muito outros. Sua importância para o desenvolvimento dos quadrinhos nacionais é essencial. Portanto, uma visita à mostra, para os apaixonados pelos quadrinhos, é sem dúvida missão obrigatória para o próximo fim de semana livre.


*P.S: Texto escrito por Carlos Alberto e Nathalya Buracoff em visita à Gibiteca Henfil no centro Cultural São Paulo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Praga de mãe pega!

Historicamente, o homem cresce aprendendo com seus erros. Sua mãe diz para não por a mão no vidro do forno pois está muito quente e você vai queimar a mão. Isso soa como um desafio. O dedinho vai mansinho chegando perto até que vem o choro e o berro da experiência diz: eu não te disse!!!

Agora imagine que uma empresa é filha da opinião pública. Cada reclamação, cada indignação pela falta de profissionalismo deveria parecer como um puxão de orelha, e em alguns casos umas boas palmadas, mas é difícil encontrar aqueles que escutam suas mães. Conforme crescemos vamos amadurecendo e passamos a ser mais prudentes.

Voltando o olhar para o mundo corporativo, apesar de respeitar, a maioria das instituições não sabem lidar com os seus consumidores e batem cabeça durante um problema, simplesmente, por nunca ter pensado que a viveria. Ignorar alguns sinais de uma crise é dar um tiro no pé, e esse tiro pode custar muito tempo de tratamento.

Nesta última sexta-feira presenciei algo que me deixou bastante contente, o primeiro passo para a fase adulta da TELEFONICA. Isso mesmo, a empresa de telefonia espanhola. Fui convidado para participar de um evento que reuniu alguns blogueiros, entre eles Edney Souza, Luiz Yassuda, Alexandre Fugita, Thiago Mobilon. Todos reunidos para ouvir Fabio Bruggioni, Diretor da área residencial. O intuito deste bate-papo era deixar o coitado do Fábio nervoso, digo, era deixar que nós expuséssemos nossos pontos de vista, nossas questões a respeito dos serviços prestrados pela empresa. E ao mesmo tempo, a intituição poderia dimencionar o quanto esses consumidores potenciais qualificam a reputação de sua marca.

O que me deixou bastante contente, como disse anteriormente, é o fato da TELEFONICA dar a cara a tapa. Bruggioni, mostrou algumas soluções mas mostrou principalmente preocupação com o nome da instituição, preocupação com seu cliente. Isso é um avanço se pensarmos que o maior ponto negativo dessas empresas é justamente o atendimento aos seus clientes.

Dito isso, posso falar de alguns pontos que acho relevantes levantados na conversa.

O primeiro deles é o fato do Speedy neste momento voltar a ser uma boa opção de banda larga. Bruggioni fez questão de nos mostrar os fluxogramas do Speedy, agora corrigido e estável. Ele quis mostrar que a equipe estava inteiramente comprometida na recuperação após a crise da banda larga.

Em segundo lugar reconhecer algumas falhas. Em 2002 solicitei a instalação do Speedy em minha casa, e o que me deixou incomodado e de mãos atadas foi o fato da empresa demorar quase 1 mês para realizar a instalação. O que fora prometido não fora cumprido, além disso, eu fui cobrado na ocasião, por um serviço que não estava utilizando. O que ocasionou o meu aborrecimento e no primeiro momento em que pude realizar a troca por um concorrente, o fiz, sem pestanejar. A solução para isso foi só iniciar a cobrança após a primeira autenticação do serviço e um novo procedimento para instação.

Agora, o ponto mais relevante, na minha humilde opinião, foi a empresa passar a enxergar o seu cliente. Isso é fundamental para o sucesso. Não é só enxergar que 30% a 40% dos consumidores de Speedy são da classe C, é fazer com que o atendimento a esses cliente seja bem realizado. Não é só desenvolver novos produtos, como o Orby, mas fazer com que eles sejam realmente uma boa opção e que agreguem valor ao nome da empresa.


Orby é um Smartphone residencial. Com ele é possível, por exemplo, 
mandar SMS, ver emails ou pedir comida online, além, é claro, de fazer ligações. 
Lançamento previsto para Dezembro deste ano.

Ouvir o que seu público tem a dizer é ser menos arrogante, e demonstra amadurecimento por parte de uma empresa. Ouvir nossa opinião sobre a campanha publicitária, sobre posicionamentos da marca é, antes de tudo, poder corrigir um ato falho e prevenir crises posteriores. Casos como o da OI, são ótimos exemplos de como deixar seu público alvo nortear os rumos da empresa. Ela notou que as principais queixas nas operadora eram portabilidade e as cobranças de multas por cancelamento e se aproveitou disso para fazer uma campanha massiva dizendo que a OI não faz isso. Genial, não é? Bastou abrir seus ouvidos.

Por essas e outras é que brigar com sua mãe geralmente acaba mal, pois por mais que você a menospreze e a ache antiquada, ela ainda sabe mais que você.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Arquitetura da Fotografia - Relatos de um fã de Cristiano Mascaro

Cristiano Mascaro são os olhos de São Paulo, assim como o Parque do Ibirapuera é o nariz e a Sala São Paulo é a boca. Nenhum trabalho fotográfico sobre a maior metrópole do país é mais importante que a desse artista da luz.

Nascido em Catanduva, interior de São Paulo, aos 22 dias de outubro de 1944. Mascaro se formou em Arquitetura pela FAU/USP em 1968, em 1986 se torna Mestre em estruturas ambientais urbanas pela FAU/USP com a dissertação O Uso da Fotografia na Interpretação do Espaço Urbano e em 1994 consegue o título de Doutor também pela FAU/USP com a tese A Fotografia e a Arquitetura. Mas foi durante a faculdade, em uma escapada de uma de suas aulas, que ele se encantou com o que seria sua profissão. Ao procurar alguns livros na biblioteca, se deparou com um todo especial, nele estava a obra de um dos maiores gênios da fotografia: Henri Cartier-Bresson, o francês que desenvolveu uma maneira própria de fotografar e que depois a apelidou de momento decisivo. Ainda fora inspirado por nomes como Robert Frank, aquele nobre homem que produziu The Americans há 50 anos, além de mencionar sempre outro mestre: Irvin Penn.

Com todo esse referencial, Ricardo Ohtake, no documentário Mascarianas que fala do trabalho de Cristiano, traduz bem e reforça o lado estético e o trabalho de luz e sombra, muito presente na obra do fotógrafo. A arquitetura está, de fato, muito presente em seu olhar, mas ele também revela um lado humano presente em todas as cidades. 

No bate-papo que tivemos com ele no Sesc Pinheiros na sexta-feira passada (06/11), com mais 20 sortudos presentes , ele fala: "não existem cidades, existem pessoas", e é nessa frase que conseguimos ver sua preocupação humanística, que por mais que sejamos cercados de belíssimos arranha-céus nada faria sentido sem alguém para habitá-los.

É pena que tantos paulistas e paulistanos desconheçam seu nome e principalmente seu trabalho. Eu, quando comecei a me interessar pela caixa mágica (não, não é a TV), me deparei e me encantei com um livro deste senhor bem-humorado e simpático. O livro era São Paulo (Editora Senac, 2000, 199p). As composições eram meticulosas e pareciam desenhadas de tão bem dispostas. Na conversa com ele, ficou claro que ele é dotado de uma grande paciência para realizar seus projetos e que é perfeccionista, mas grandes gênios tem que ter essa vontade de sempre fazer o melhor e ele consegue ser simples e totalmente abrangente em uma imagem, algo que admiro.

Neste momento, ele vive uma nova fase de sua vida, descobrindo a fotografia digital. Sim. Faz apenas dois anos que Cristiano deixou de usar suas câmeras de filme, e ele diz com muita graça: "ainda não aprendi a mexer, algumas vezes eu aperto o botão do menu com o nariz". E nesse novo instante suas preocupações mudaram, o que antes era feito numa sala escura, hoje é feito diante de um computador, em relação a segurança ele disse: "Tenho que colocar minhas novas câmeras no seguro, pois essas são visadas.(..) com as antigas nunca tive problema, acho que os ladrões sentiam preguiça de ter que levar tripé, câmera(...)".



Depois dessa noite memorável e de tanto falar sobre minha mais nova paixão profissional, pude chegar para um dos meus grandes ídolos, apertar sua mão e dizer: "Parabéns pelo seu trabalho". Ele bateu no meu ombro, agradeceu e eu fui embora, pelas ruas de São Paulo retratadas por ele e que me inspiram.

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Trecho do documentário de Alexandre Leal que apresenta o fotógrafo, arquiteto e professor Cristiano Mascaro Faz parte da série de DVDs Encontros do Itaú Cultural sobre artistas e outras personalidades da história do Brasil.

Disponível para empréstimo gratuito na midiateca da sede do Itaú Cultural em São Paulo ou em bibliotecas e instituições parceiras do Instituto. Mais informações: (11)2168-1777

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Superficialidade Técnica

O que é beleza para você? A subjetividade desta resposta está embrenhada na formação de cada um e faz com que a diversidade seja o fator mais importante dentro da sociedade atual. Mas como fuciona isso? Por que somos tão diferentes? No desenvolvimento de uma personalidade a sua cabeça funciona como um baú, onde coloca-se apenas o que VOCÊ acha interessante e valioso, e faz com que não existam dois baús iguais, pois não existem duas pessoas que tenham vivido as mesmas coisas com a mesma intensidade e raciocínio, em nenhuma parte do universo, por isso falar sobre o conceito de beleza torna-se algo impraticável.  E discutir a ferro e fogo o que me satisfaz estéticamente leva diretamente a essa frase: "o segredo do sucesso eu não sei, mas o do fracasso é tentar agradar a todos".

Usando a fotografia como parâmetro, li o ótimo texto do Ivan de Almeida, em seu blog Fotografia em Palavras, ele fala sobre o conceito da fotografia bela ou tecnicamente correta, e concordo inteiramente com a concepção da qual ele faz referência: onde simplesmente responder a questão de que a imagem é bonita não quer dizer efetivamente que ela seja ou não bela, ou mais além, não quer dizer que ela tenha algo em sua essência que seja importante.

O que deve fica claro, pelo menos para mim, no texto do nobre Ivan e nessa discussão, é que falta identidade para cada imagem produzida. Como quando me trouxeram uma revista Clix e no mesmo momento em que bati o olho, identifiquei e disse: foi o Clício Barroso que fez a capa. É esse tipo de assinatura que vejo em alguns profissionais e que falta na maioria, ou é muito complicado de reconhecer quando o retrato era de Arnold Newman? Ou quando a fotografia é de Cartier Bresson?

A discussão de beleza deve ser absolutamente colocada de lado, isso na verdade pouco importa, afinal nem sempre concordaremos sobre algo tão singular e nem vai adiantar tentar provar para mim que o seu bonito deve ser o meu bonito.

Usando ainda a fotografia como referência, entre milhares de imagens que somos submetidos todos os dias, poucas têm o formato despadronizado (exemplos de padrão na fotografia: regra do terço, padrões de iluminação, padrões de configuração de câmera e até mesmo padrões de utilização de softwares para edição de imagem, que tornam todas as fotos com o mesmo formato básico). Dentre as despadronizadas temos as que foram feitas sem o mínimo de conhecimento técnico e temos aquela que tiveram um porquê na sua elaboração e consequentemente em sua feitura.

Lendo Luz, Câmera e Ação de Edgar Moura, fica claro o motivo do problema "padrão". Lá ele menciona: "Você quer saber onde, como e quando (iluminar), e eu acho que, para se chegar lá, é preciso passar por Deus, pela lua e pelos homens. O único jeito de saber como é saber porquê...", trocando em miúdos: os novos alunos e estudiosos visam a técnica e pouco intelecto. O Twitter é um grande reflexo disso, bastam 140 caracteres para chegarmos a uma conclusão, ou passar uma idéia. Isso não quer dizer que o microblog seja uma péssima idéia, mas pode te limitar e principalmente te condicionar a uma vida de coisas breves e superficiais.

Estes dias li que não estamos mais na era da criatividade, estamos na era da relevância. Isso coloca TUDO no balde do politicamente correto e do tecnicamente perfeito. Aí você se pergunta, e daí? E eu te respondo: formando milhares ou milhões de técnicos temos apenas alguém para realizar uma determinada função, o que tem muita relevância, afinal de contas as funções têm que ser executadas. Agora vamos expandir. Seja você um fotógrafo, pintor, artista plástico, médico, engenheiro, culinarista ou qualquer que seja a profissão, se você quer realizar algo com suas características, com sua identidade, se você quer que algo feito por você seja realmente importante é necessário que se tenha, no mínimo, referências. Veja, não se trata de copiar, mas de absorver e entender como chegar até a um determinado resultado. Sabendo isso, conciliado a uma boa preparação técnica, teremos algo diferenciado.

O problema dessa história toda, e que gerou este post, é exatamente o quão superficial tem se tornado a educação e como estamos ficando condicionados a entender superficialmente de tudo. Outro dia, vi o Ed Motta falando sobre como ele é apaixonado por vinhos, por discos, por queijos... e como ele entende profundamente sobre cada assunto e ele disse: "hoje em dia parece que as pessoas vieram ao mundo a passeio".

Ele tem razão. Hoje, formam-se pessoas que durante toda uma vida serão meros apertadores de botão, e que passarão pela vida sem saber o motivo do botão estar ali.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Followers for Nothing and Chicks for Free

É fato que quando junta-se muito, mas muito brasileiro, sempre acontece o efeito muvuca! No Twitter não ia ser diferente. Segundo o IBOPE, em Maio deste ano 3,7 milhões de pessoas utilizaram o serviço de microblogs. Bastante gente, não é? Quem usa o site sabe que em alguns bons casos é possível ter contato com pessoas de fama, ou pseudo-fama, e isso gera um verdadeiro fuzuê (eu sei, esse termo é velho demais). A possibilidade de ganhar notoriedade por causa do número de seguidores é levada a sério, e muita gente disputa follow a follow como numa corrida de cavalos.


Mas isso não é de agora, quando o Orkut virou moda, a idéia era ter a maior quantidade de amigos possíveis. E a frase que ganhou o Brasil foi: "Me add!". Pra quem não sabe (e isso vale pra muito imbecil que falava essa frase e não tinha idéia do que significava) Add é um verbo do Inglês, que significa Adicionar.

Quando uma rede social passa do mundo virtual para o mundo real é porque o efeito muvuca está próximo. Enquanto as pessoas não reparam que o mesmo acesso que elas têm, você também tem, esse tipo de situação não acontece:

Vamos lá, imagine, um homem e uma mulher numa balada, ou num bar. Eles não se conhecem. Ele pede um chopp (não é Chopp Sol #piadadotwitter), ela pede um Sex on The Beach. Trocam olhares. Ele resolve investir e puxa assunto. Depois de muito papo furado ele faz a maldita pergunta: Você-tem-Orkut? PRONTO! Ela diz que sim. Ele sai correndo do bar e quando chega em casa a primeira coisa que faz, antes mesmo de trancar a porta, é "Add" a pretendente.

Esse é o primeiro passo para o efeito muvuca. Explico. Este fenômeno acontece quando um serviço, que tem a intenção de comunicação e aproximação de pessoas, deixa essa função para se tornar Status. E se esse Status se torna relevante para um determinado grupo de pessoas = BUMMMM! Efeito Muvuca!

Hoje as pessoas estão se digladeando por seguidores. Imagino como as pessoas fariam para ir na feira colocando esse Status como moeda.

- Oi, me vê uma dúzia de batatas.
- Prontinho, dona!
- Quanto é?
- 12 followers e 2 Britneys Fuckeds




Pensando nisso resolvi fazer uma imersão, levei minha pesquisa a fundo. Pensei em um método, que de alguma forma é o mais absurdo para chegar a um número x de seguidores e criei um fake! O Senor, digo, Senhor Silvio Santos (@silvio__santos) ganhou mais um fake que teve vida curta, apenas 3 horas e 50 minutos e que alcançou seu objetivo, chegar aos 300 followers. Podia ter chegado mais rápido se tivesse me empenhado, mas resolvi deixar o barco correr. A verdade é que TODOS sabiam que se tratava de algo falso, e que eu não era na verdade o verdadeiro Homem do Baú, mas mesmo assim, me ter por perto seria algo interessante, pois se um dia eu ficasse famoso, ou pseudo-famoso, eu poderia levar comigo as pessoas que me seguissem.




Mas vamos a metodologia. Para conquistar followers foi muito simples, procurei um grupo de pessoas desesperadas. Esse grupo segue um conceito semelhante aos de pirâmides de dinheiro, onde todos dão uma parcela pra um receber o todo. Neste caso não há dinheiro, e sim, seguidores, estes seguidores propõe que se você seguir uma lista com N pessoas, todas elas vão te seguir de volta. E isso acontece numa grande maioria e polui completamente a sua existência dentro do Twitter. A grande questão de tudo isso é: PRA QUE? (mas é um PRA QUE? aos gritos como os de Leandro Hassum).

E a resposta está no Efeito Muvuca. Status. Nada mais que Status.