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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Investimento musical

O segundo semestre de 2009 está repleto de atrações musicais internacionais. Quando as vendas dos ingressos são anunciadas, a certeza de que você finalmente verá aquele cantor/artista/banda incrível dá início a um ansioso período de espera.

Junto com a ansiedade para que o dia do evento chegue logo, as dívidas no cartão de crédito também começam a lhe preocupar. Claro, porque só pode haver um acordo comercial entre produtoras para impedir que as turnês dos artistas sejam divididas igualmente entre os meses do calendário. Assim, o seu salário nem sempre tem fôlego para pagar três compras de ingresso no mesmo mês.


Se você fosse comprar um par de ingressos (valor de entrada inteira) para alguns dos próximos shows internacionais confirmados em São Paulo, você gastaria, R$ 6.200 (escolhendo Planeta Terra) ou R$ 6.320 (indo no Maquinária 2009), sem contar bebidas, estacionamento e afins. E olha que ainda nem coloquei o AC/DC na lista...



Ir ou não ir, eis a questão:
02 a 13/09 – Blue Man Group
11/09 – Beirut
12/09 – Children of Bodom
6/09 – Lily Allen

18/09 - Jerry Lee Lewis
03/10 - Jojo 06 e 07/10 - Laura Pausini
15/10 Living Color
20 e 21/10 - Sarah Brightman
27/10 - IL Divo
7/11 - Planeta Terra: Macaco Bong, Móveis Coloniais de Acajú e Primal Scream
7/11 - Maquinária Festival 2009 - Faith No More, Jane's Addiction e Deftones
14/11 Twisted Sisters
21/11 - The Killers



Os grandes entendedores do mundo das finanças não cansam de repetir que o mais indicado é que você mantenha uma reserva monetária para casos emergenciais. E um show imperdível se enquadra no contexto. Por isso, para poder conferir todas essas atrações, nada mais sensato do que a criação de uma Poupança Show.

Eu, que não tenho este cofrinho musical, esperei receber uma graninha para comprar ver o Whitesnake de novo e me dei mal. Demorei tanto que os ingressos acabaram e eu fiquei chupando o dedo. Agora o Titio Coverdale está com laringite e cancelou vários shows pelo mundo. Já pensou se ele pára de fazer shows para todo o sempre? (Bate três vezes na madeira).

Portanto, se você não quiser perder algum dos shows listados; não quer ficar com a conta negativa ou com o nome do SPC, é bom tirar a poeira daquele cofre de pouquinho que ganhou da sua tia/vó/mãe e poupar a grana de algumas cervejas até o fim do ano. Eu já abri mão do Living Color e estou fazendo as contas para poder ver Faith No More e AC/DC. E você, em qual desses shows vai torrar o doce dinheirinho?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Arte da Paz

Se você é de São Paulo já deve ter reparado que no Metrô existem máquinas que vendem livros. Um desses livros leva o título de A Arte da Guerra, escrito porSun Tzu. Um livro que conta as estratégias adotadas para um combate racional, mas uma guerra que mata inocentes não pode ser racional. Assim como a literatura, uma outra arte escreve sobre a guerra e promove a paz: a música.

Principalmente pela linguagem do Rock´n´Roll, já vimos uma série de canções que cantam os absurdos de uma luta armada. One do Metallica mostra a dor acima de tudo e em determinado momento fala O campo minado levou minha visão. O Dire Straits criou uma pérola, Brothers in Arms relata o companherismo em um combate "e apesar de terem me ferido gravemente, em meio ao medo e ao pânico, vocês não me abandonaram, meus companheiros de batalha", mesmo quando eles acreditam em outra coisa "somos tolos de guerrear contra nossos companheiros de batalha".



O Sistem of a Down, conhecido por suas letras de protesto, tem em seu currículo uma letra bastante audaciosa tratando de terrorismo, suas causas e fatores. O refrão leva para um grande e sonoro "BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! Toda vez que você solta a bomba, Você mata o Deus em que o seu filho nasceu. BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!". Agora, poucas músicas tem uma composição tão bela quanto Carta aos Missionários da banda Nenhum de Nós, que menciona a crueldade "Missionários em missões suicidas/Crianças matando crianças inimigas/Generais de todas as nações, fardas bonitas, condecorações/Documentam na nossa história/O seu rastro sujo de sangue e glória"



Mas nem tudo é horrível, algumas músicas tratam exatamente do oposto, a mais famosa delas é Imagine de John Lennon que canta assim "Imagine todas as pessoas/Vivendo a vida em paz/Talvez você diga que eu sou um sonhador/Mas não sou o único/Desejo que um dia você se junte a nós/E o mundo, então, será como um só, o Rei do Pop, Michael Jackson também deixou sua marca e Heal the World é a marca de que ele queria fazer alguma coisa pelo mundo "salve o planeta/Faça dele um lugar melhor/Pra você e eu/E toda a raça humana/Tem pessoas morrendo/Se você se importa o suficiente com os vivos/Faça do mundo um lugar melhor/Para você e para mim". Você pode até discutir se isso realmente faz alguma diferença, mas é indiscutível que se há tantas músicas que levam essa mensagem, algo ou alguém já deve ter sido influenciado por elas.

Pra finalizar, a música que virou um hino a paz, principalmente, porque foi ttrilha sonora do MARAVILHOSO filme Bom Dia, Vietnã. A voz marcante de Louis Armistrong cantando"Eu vejo os céus azuis e as nuvens tão brancas/O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da boa noite/E eu penso comigo/que mundo maravilhoso".



Love and Peace!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Game Over

A vida é realmente um vídeo-game. Nos primórdios era como o telejogo, ía-se de um lado pro outro sem saber o que fazer. Então veio a fase do Pacman, viviamos pra comer e comíamos pra viver, depois a fase do River Raid, simples e doce: pega-se o aviãozinho e vamos ultrapassando os obstáculos sem fim, sem fim mesmo. E mesmo assim era divertido, fácil de interagir, nada muito complexo, como antigamente.

Telejogo - PacMan - River Raid

Mas os humanos não podem ficar parados, tem que evoluir é lançado para algo realmente diferente: a fase da socialização. Mários e Luigis, convivendo juntos, Sonic e Knuckles passando cada vez mais rápidos pelos seus objetos em comum, famílias inteiras de Donkey Kongs se matando por cachos de banana. A socialização nos levou a patamares cada vez mais elevados de discussão, e as discussões levaram às guerras, um verdadeiro Mortal Kombat. O homem que ao mesmo tempo passou a viver em sociedade passou a brigar com seu semelhante, e na maioria das vezes sem mesmo saber o porquê, como no Street Fighter, que só se descobre o motivo da luta quando já vencemos.



Super Mario Bros - Sonis Knuckles - Donkey Kong Country




Fomos ficando cada vez mais impessoais, cada vez mais distantes, passamos a criar nossos próprios mundos, como em SimCity. Passamos a simular nossos maiores prazeres: futebol (internacional Super Star Soccer), sexo (Playboy: The Mansion) e rock´n´roll (Guitar Hero). Passamos a retratar nossa solidão como algo tão triste que enfrentaríamos as maiores dificuldades para ter alguém por perto como no Shadow of Collosus. A solidão é tamanha que parece que vivemos sozinhos numa multidão e que todos estão contra nós, como em Resident Evil.

SimCity



Neste mundo de comparações, existem alguns pontos que, geralmente, elevam as semelhanças entre a vida e os vídeo-games:

As fases são a completa reprodução de partes de uma vida, você sempre passa por boas e más fases durante seu percurso, assim como nos jogos eletrônicos.

Os Chefes são seres que lhe impedem de continuar jogando, ou fazem você melhorar no decorrer do jogo. Afinal de contas, alguns lhe dão poderes ou sabedoria que você não tinha antes, como em Megaman.


Options são configurações que você deveria ver antes de começar a jogar, mas a maioria não vê. Você poderia por exemplo, começar no modo fácil, e ir dificultando enquanto se joga, mas ao invés disso a ansiedade lhe consome e logo a pessoa já está jogando.

Códigos existem em alguns jogos e, assim como na vida, alguns usam pra se beneficiar e passar pelo desafio de forma mais simples que os outros. Às vezes, a gente pára pra pensar como é que fulano conseguiu chegar tão longe, tão rápido. E na maioria das vezes descobre-se que os códigos foram usados.

Agora, existe algo nos jogos que a vida não tem e que muita gente gostaria que tivesse para poder corrigir alguns erros: o Continue!

Por isso, é bom ver e rever a estratégia quando se começa o jogo da vida porque se você perder é Game Over.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Verdade e a Imprensa: Globo x Record

Em nosso primeiro Vídeo Post falo um pouco sobre a Verdade e a Imprensa.



Deixe seu comentário!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lily Allen: irreverência, bom-humor e muita, mas muita polêmica

Lily Allen já fez topless por aí e deixou escapar suas partes íntimas durante o Festival de Cannes de 2008. Lily Allen já saiu bêbada e carregada das baladas tantas vezes que até já perdemos a conta. Lily Allen já teve cabelo preto, loiro, cor-de-rosa e até lilás. Lily Allen já namorou Ed Simons, do Chemical Brothers, engravidou e sofreu um aborto espontâneo. No entanto, essas polêmicas não foram as responsáveis por tornar a cantora britânica famosa. Já as polêmicas causadas pelas letras de suas músicas foram mais do que suficiente para fazer com que Lily se tornasse sinônimo de sucesso rapidamente.



Em 2007, a cantora estourou logo com o primeiro single do CD de estreia.
Smile, de Alright, Still, conquistou o público com o clipe divertido e a letra irreverente e se tornou praticamente o hino das meninas que já foram vítimas de homens canalhas - que não devem ser poucas. Em seguida, Lily se manteve nas paradas com a divertida LDN e, ao mesmo tempo, lançou a moda do, até então, improvável look tênis esportivo + vestido.

Dois anos e alguns escândalos depois de Alright, Still, ela voltou com It's not me, it's you. Mais elegante, mas não menos crítica. E só para dar um exemplo, um dos singles do álbum, Fuck you (Very much), pode ser considerado quase um movimento contra o preconceito. Lily ainda fez questão de gerar mais polêmica ao oferecê-la ao ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, durante um show. E, como não poderia ser diferente, o clipe da canção já conquistou o público com seus efeitos especiais e muita criatividade.

E se a veia crítica continuou a mesma, Lily também não fez grandes inovações musicais no segundo CD. As doses de ska e reggae, que deram ao primeiro álbum o tom de originalidade e bom-humor, aparecem mais discretas em It's not me, it's you. Mesmo assim, quem ouvi-lo não terá dificuldades em saber que o som descontraído e irreverente, que esconde um ar de certa revolta, pertence à espivetada e polêmica por natureza Lily Allen.

E para a felicidade dos fãs da cantora, que fez sua primeira - e, por enquanto, única - passagem pelo Brasil em novembro de 2007 durante Planeta Terra Festival, a segunda visita já está mais do que confirmada: nos dias 16 e 17 de setembro, ela faz shows em São Paulo e Rio de Janeiro. E se você ainda não conhece o som de Lily, o ComTatos preparou uma lista especial, que reúne 5 faixas de cada álbum da britânica. Divirta-se e prepare-se para o espetáculo:

Alright, Still

1. Knock'em out
2. Everything's just wonderful
3. Not Big
4. Shame for you
5. Littlest Things

It's not me, it's you

1. Not Fair
2. Back to the start
3. I could say
4. Never gonna happen
5. 22

Em tempo: A título de curiosidade, você pode conferir também o cover que Lily Allen fez para Womanizer, de Britney Spears.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

United fail




O fato do Youtube abrigar os maiores hits do momento não é novidade para ninguém. Qualquer pessoa que não tenha chegado de Marte ontem conhece alguns destes fenômenos da internet, como: Dança do Quadrado, Atórooooon um perigo, Jeremias, Sanduíche-íche, A Ga-a-ga e Ilhéus e a “absoluta Stephany do Crossfox”. Agora o mais recente fenômeno é gringo: Dave Carroll com seu hit United Breaks Guitars.

Era uma vez....
Tudo começou na primavera de 2008, (o que em solo nacional significa março/abril) quando a banda Sons of Maxwell viajou de Nebraska até Chicago em uma turnê de uma semana. Para a surpresa do vocalista Dave Carroll eis que os funcionários da United Airlines simplesmente arremessaram as bagagens para dentro do avião. Resultado: quebraram seu violão Taylor de 3.500 dólares. Quando Dave foi reclamar seus direitos, a companhia não negou o fato, mas deu uma canseira de 9 meses. Depois de conversar com Deus e o mundo, a United finalmente se negou a recompensá-lo.

Fulo da vida, o vocalista arquitetou um doce plano de vingança. (ua há há = riso maligno) e prometeu à Sra. Irlweg (a última pessoa da companhia em questão que o atendeu) que contaria sua história em três canções, cada uma com um vídeo, e disseminaria no mundo online. (veja a história completa aqui).

Resultado, o vídeo virou sensação no Youtube e no canal oficial da banda a versão original tem mais de 4.697.269 (and counting) exibições em um mês. Além do site, Dave Caroll contou sua história no Twitter, no Facebook e no Myspace e seu sucesso ganhou a televisão.

A história foi contada pela CBS , CNN e The CityNews List e a música é uma das mais das mais baixadas da Apple Store. Até a Taylor, empresa que fez o violão de Dave, postou um vídeo ajudando-o a evitar esse tipo de contratempo.

Depois do leite derramado, opa, do violão quebrado, a United procurou a banda para recompensá-los, mas Dave os mandou catar coquinho, quer dizer, pediu para doar a grana a uma instituição séria. Bem feito!

Com uma boa estratégia, colocar a boca no trombone, ou o assunto em redes sociais é sempre um bom negócio. Histórias como essa mostram que a vingança é um prato doce, mas que se come lentamente e pelas beiradas. A atitude de Dave serve de lição para a United e de alerta para TAM, Gol, Vivo e demais empresas alvo de reclamações. Pessoal, cuidado com o tratamento que vocês oferecem ao consumidor, porque em alguns casos, não há assessoria que dê jeito. Já pensou se a moda pega?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Shakira: born in Colombia, made in USA

Shakira sempre foi exótica. Em 1996, quando as paradas musicais eram dominadas por mulheres loiras e atrevidas, como Madonna e Mariah Carey, cantando músicas em inglês e dançando coreografias ousadas, a cantora apareceu. Ainda menina - no auge de seus 19 anos, com cabelos encaracolados, volumosos e negros e dona de uma voz forte e única, a colombiana conquistou as paradas com o single Estoy Aqui, do terceiro CD, Pies Descalzos, e seus versos em espanhol quase impossíveis de reproduzir. Mas, atire a primeira pedra quem nunca arriscou uma versão, ainda que um pouco enrolada, do trecho "ahogándome entre fotos y cuadernos entre cosas y recuerdos que no puedo comprender"?



Após o estouro de Pies Descalzos e seus quatro megasucessos (Pies Descalzos, Sueños Blancos, Estoy Aqui, Un Poco de Amor e Dónde Estás Corazon?), o prestígio de Shakira apenas aumentou. Em 1998, a cantora, em versão mais madura e com dreads na cabeça, lançou o quarto álbum, batizado Dónde están los ladrones?. E os singles Ciega, Sordomuda e Ojos Así se encarregaram de fazer dela muito mais do que "a cantora de Estoy Aqui".

Em 2001, os cabelos negros, que anos atrás haviam ganhado dreads e mechas coloridas, deram lugar aos cachos loiríssimos, e a cantora resolveu apostar nas canções em inglês. Em Laundry Service, Shakira mostrou para quem ainda não conhecia suas habilidades com a dança e presentou os fãs com uma mistura impecável dos estilos latino e norte-americano. Não deu outra: a cantora virou sucesso absoluto, mais uma vez, com a dançante Whenever, Wherever.

Apesar do sucesso incontestável de seu primeiro álbum de músicas em inglês, Shakira não abandonou as origens. Quatro anos após Laundry Service, ela lançou Fijácion Oral e Oral Fixation, que contam com sucessos como Don't Bother, Hip's Don't Lie e o dueto com Alejandro Sanz, La Tortura. Já em 2007, Shakira assumiu de vez o lado sexy e fez bonito na parceria com Beyoncé no hit Beautiful Liar.

Shakira sempre foi exótica. Porém, hoje, o exótico se tornou comum. E, agora, Shakira parece ser só mais uma. No último mês de julho, quatro anos após o lançamento do último CD de inéditas, a cantora causou frisson com a estreia do clipe de She Wolf, faixa-título do novo álbum. Oversexy, ela apostou em um figurino mostra-não-mostra e em coreografias extremamente provocativas. Teve gente que achou que ela perdeu o estilo original "Shakira de ser" e se inspirou em cantoras como Britney Spears e Lady Gaga para continuar fazendo sucesso. Verdade ou mentira, fato é que She Wolf tem tudo para ser hit e manter a cantora de onde ela jamais saiu desde Estoy Aqui: no topo dos paradas.

Qual momento de Shakira você prefere?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Nada se Cria, tudo se Copia

Toda vez que fazem a regravação de uma música, ou até mesmo quando essa música é sampleada, muita gente torce o nariz, primeiro porque pode soar como falta de criatividade e segundo porque pode parecer que o artista está se aproveitando do status que uma música já tem para ganhar crédito sobre a sua canção.

Mas eu penso diferente. Dentre todas as possibilidades de música, uma das que me deixam mais impressionado é a capacidade das pessoas visualizarem algo novo naquilo que já foi criado. Isso porque, imagine que uma música já tem seu sucesso reconhecido e tem seu valor musical, neste momento, vem um outro artista e cria algo diferente com a mesma essência e não se trata de uma cópia e sim de algo novo e que realmente tem talento!

Exemplos temos aos montes, mas são em duas categorias músicais que esse recurso é altamente utilizado: o hip-hop e a música eletrônica. Vou colocar aqui 4 bons exemplos, mas nos exemplos não relacionei versões, preferi mostra o quanto uma obra pode ser modificada e passar a ter sua representatividade renovada com a nova roupagem.

Aqui no Brasil temos alguém que faz isso muito bem: Marcelo D2. Na primeira música vemos Cláudia, que foi uma grande "concorrente" de Elis Regina na época, e Marcelo D2 soube aproveitar muito bem a voz potente da cantora!

Cláudia x Marcelo D2



As próximas músicas seguem uma mesma linha, onde a músicalidade é o que se aproveita. Imaginem que Stevie Wonder concebeu a música que gerou uma das mais conhecidas trilha sonoras do cinema. E depois vemos o Rapper 2Pac colocando como base pra sua música uma ótima base de Piano tocado por Bruce Hornsby.

Stevie Wonder x Coolio



Bruce Hornsby x 2Pac



Pra finalizar, separei algo realmente diferente, Imaginem Frank Zappa, um ícone do Rock´n´Roll, revolucionou o estilo e acabou virando tango eletrônico do maravilhoso grupo Gotan Project que é uma referência neste estilo, pois foi pioneiro.

Frank Zappa x Gotan Project



Feitas as comparações, aproveito pra mostrar que Michael Jackson deixou sua marca também neste conceito. Vazou na mídia, não faz muito tempo uma cancção inédita do astro, onde ele aproveita a música A Horse with no name da Banda America e cria A Place Without no name. Compare com o trecho que foi divulgado.

America x Michael Jackson



Agora é com vocês. Conhece algum exemplo desses? Comente. Diga se o Antes ou o Depois ficou melhor! Queremos ouví-los!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Mestre dos Mangás

Nesses tempos modernos em que vivemos, aonde a televisão e o cinema comercializam, respectivamente, várias séries e filmes inspirados em mangas como Cavaleiros do Zodíaco (ou Saint Seiya), Naruto, Pokémon, e tantos outros, devemos aproveitar a oportunidade para saber como estas obras se desenvolveram e quem foram os artistas que produziram e ajudaram a trazer à luz para um estilo todo original em fazer quadrinhos, que eram feitos de forma quase que artesanal, e que se tornaram, por seus próprios méritos, diga-se de passagem, ícones da cultura pop atual.



O Mangá moderno, como nós conhecemos hoje, teve a contribuição de diversos artistas, em diferentes épocas para que esse estilo chegasse ao patamar que conhecemos hoje, mas, a oportunidade de se apreciar como esses artistas ajudaram a desenvolver os quadrinhos orientais será tema em outra coluna, até porque a análise deverá ser feita de forma bastante precisa, sem cometer deslizes, até porque, trata-se da cultura oriental, tradicionalmente hermética e as vezes até de difícil interpretação, merecendo um cuidado criterioso.

Pra começar, vamos falar na pessoa que modernizou, estruturou e divulgou esta nobre arte oriental de fazer quadrinhos, criando um padrão de trabalho que se tornou praticamente obrigatória para artistas posteriores.

O conceito do mangá moderno teve no grande mestre Osamu Tezuka o seu ícone máximo. E quem é esse mestre? Bem, Osamu Tezuka, só para ser ter uma idéia, foi criador, entre outros de mangás muito famosos como Kimba – o Leão Branco, Don Drácula, a Princesa e o Cavaleiro e Astro Boy, cujo mangá está sendo adaptado para o cinema, pelo estúdio Imagi e tem entre os seus dubladores, alguns atores bem famosos como Nicolas Cage, Donald Sutherland, e Bill Nighy, entre outros, e tem estréia prevista para 2010, mas isso já é a grama do vizinho e eu não vou dar palpite. rs


O mangá é um gênero da literatura japonesa que tem sua origem no período conhecido como Nara, mais ou menos no século VIII d. C. Eram uma associação de pinturas com textos que contavam, de forma simbiótica, uma história cuja narrativa se desenvolvia de acordo com o desenrolar do texto, que era conhecido como Emakimono, e o primeiro das obras dessa estirpe é o E Inngá Kyô (imagem abaixo).


Posteriormente, no período Edo, os pergaminhos foram substituídos por livros, cujos desenhos eram criados para a ilustração de romances e poesias. A forma atual dos Mangás surgiu no início do século XX, sob a influência das revistas comerciais ocidentais que provinham dos Estados Unidos e da Europa.

Osamu Tezuka, resumidamente, é considerado o Walt Disney dos quadrinhos orientais, os já famosíssimos mangás e precursor dessa onda atual que hoje conhecemos.

Após a ocupação americana na Segunda Grande Guerra Mundial, surge Osamu Tezuka, que influenciado por artistas do calibre de Walt Disney e Max Fleischer praticou uma verdadeira revolução, tanto em sua forma, como também em sua expressão, moldando o mangá moderno, dando-lhe vida e originalidade.

Curiosamente as características faciais dos personagens, cujos conceitos são propositalmente exagerados, tiveram nos olhos da famosíssima Betty Boop, sua inspiração máxima.

Outra característica interessante na obra de Osamu Tezuka foi a introdução do efeito de movimento nas histórias, por meio de efeitos gráficos, como as linhas que dão a sensação de velocidade e as onomatopéias que se inserem no contexto, conjuntamente, com a arte e a alternância de planos e enquadramentos muito usados no cinema. Nessa época, como as histórias se alongavam muito, essas passaram a ser dividas em capítulos, dando uma nova dinâmica para as vendas de mangás.

Osamu Tezuka também produziu em seu estúdio, o Mushi Production, a primeira séria de animação para a televisão japonesa em 1963, o famoso Astro Boy. Assim, a adaptação das histórias em quadrinhos japonesas virou de exceção à regra, graças à originalidade e criatividade empregadas por Osamu Tezuka que o possibilitaram os mais diversos temas, sendo que o seu público alvo era, na sua maioria, jovens e crianças.

Muitos são os artistas que foram influenciados pelo mangá moderno, criando obras ímpares em seus respectivos países, entre os muitos quen podemos citar, os nada mais nada menos famoso norte-americano Frank Miller, em Ronin (1983), Paul Pope criador da revista Heavy Liquid, o canadense O’Malley, autor de Lost At Sea, os franceses Frédéric Boilete e Moebius, e o brasileiro Maurício de Sousa, que por sinal, se tornou seu amigo pessoal.

Algumas de suas histórias foram publicadas aqui no Brasil, pela editora Conrad e até um museu foi criado em sua homenagem, no Japão, óbvio, que presta a devida homenagem a esse Mestre que atravessou continentes de mundo pluricultural, levando seu mangá, para o seu merecido status, qual seja, a de uma forma inovadora de fazer e criar quadrinhos.

Museu Osamo Tezuka

Ao Mestre Tezuka san, com o devido respeito e carinho: Reverências, do ComTatos!

Procurando Shirley

Uma mulher de meia idade em busca da auto-estima e da felicidade após anos de um casamento desgastado pelo tempo. Essa é a história de Shirley Valentine (que é também o nome da peça), mãe, esposa e dona-de-casa. O texto de Willy Russell já foi interpretado várias vezes nos palcos e no cinema e ganhou uma nova versão dirigida por Guilherme Leme e interpretada por Betty Faria.

O monólogo passou pelos palcos paulistanos entre abril de junho deste ano com bastante sucesso e agora inicia seu roteiro pelo interior e outros estados.

A peça começa com Shirley preparando o jantar e literalmente conversando com as paredes. Com uma taça de vinho nas mãos, Shirley descreve a vida de uma mulher solitária e desiludida, após criar dois filhos e um casamento de anos com um marido que mal a nota. A vida de Shirley muda quando uma amiga lhe dá de presente uma viagem à Grécia. Após debater se deveria ou não aceitar, o desejo de realizar um sonho fala mais alto e Shirley viaja escondida com a amiga em busca de si mesma.

Quantos de nós não conhecemos mulheres assim? Mulheres que abandonaram seus sonhos e ideiais e as vezes a própria individualidade a tanto tempo que não se reconhecem mais. Talvez por isso a peça seja tão envolvente. Reconhecemos em Shirley as mulheres em nossas vidas e por vezes identificamos na sua sede de viver a nossa própria acomodação diante da vida.

Betty Faria, numa interpretação belíssima, mostra de forma divertida e emocionante como Shirley redescobre o amor, a alegria e a paixão pela vida. Além de uma atriz excelente, Betty também é muito gentil com o público e atende a todos que a esperam depois do espetáculo.

Existe a possibilidade da peça voltar a São Paulo em 2010, mas não há nada confirmado ainda, enquanto isso, confira se ela estará na sua cidade:

Salvador - 19 e 20 de agosto
Ribeirão Preto - 27, 28 e 29 de agosto
Santos - 25 e 26 de setembro
Porto Alegre - 16, 17 e 18 de outubro
Goiânia - 24 e 25 de outubro
Vitória - 29 e 30 de outubro
Campo Grande - 26, 27 e 28 de novembro

Ficha Técnica
Texto: Willy Russel
Interpretação: Betty Faria
Direção: Guilherme Leme
Tradução: Euclydes Marinho
Adaptação: Euclydes Marinho e Guilherme Leme
Produção Executiva: Miçairi Guimarães
Coordenação geral: Montenegro e Raman
Realização: Pleiades Produções

domingo, 2 de agosto de 2009

PROMOÇÃO - VENCEDOR

É com muito orgulho que anuncio a frase escolhida pela equipe do Comtatos. Com mais de 50% dos votos a frase vencedora foi:

"Saber como e para quem passar a informação. Comtatos é leitura obrigatória para quem quer ficar por dentro de tudo"

Parabéns ao Vitor!

Entraremos em contato contigo para informar-lhe sobre a retirada do seu livro autografado!

Aos demais, agradecemos imensamente a participação e já enfatizamos que essa foi só a primeira das nossas promoções, fiquem ligados, durante essa semana faremos sorteios de ingressos para a peça Sinos Imaginários. E outras promoções acontecerão também em breve!

Grande Abraço!