Ontem, passando pelo centro de São Paulo me deparei com uma estranha situação. Dois vendedores de óculos de sol, daqueles que dão dor de cabeça, que as pessoas compram por dez Reais e depois de duas semanas de uso começam a descascar e perder parafusos.
Pois bem, um deles reclamava a ausência do outro, sentida por alguns dias, o outro então disse:
- Tava na Europa!
Eu até diminui o passo para tentar ouvir o resto da conversa e, assim como eu, o outro vendedor bombardiou:
- Você tá brincando?
- Claro que não. Eu tava na Europa!
Aquilo, pra mim, soou como algo estranho e me veio a mente a situação de que muitos de nós brasileiros não temos a mínima condição de sair do pais, para quem sabe, ir ao Paraguai comprar o tão sonhado IPOD. Não precisa nem ter telinha de cristal líquido, eu só preciso da maçãzinha aparecendo (e que não seja a maçãzinha do primeira mão).
Ao mesmo tempo que tive a impressão de que o mundo não tem mais fronteiras e que qualquer pessoa hoje tem condições de ter uma tv de LCD com 52 polegas pela pechincha de R$ 10.783,85, eu sei, você tá pensando que é um absurdo, mas não faz muito tempo e você fazia consórcio pra comprar vídeo cassete de 2 cabeças; outro fato em que eu refleti é que o trabalho "paralelo" ou como muita gente chama de ambulante pode ser rentável, afinal de contas muita gente em São Paulo se mantém dessa forma. Temos até um exemplo de um vendedor de doces que tinha sua barraquinha na rua e hoje, após abrir sua própria loja, e essa sim pagando impostos, dá entrevista para o Jô Soares e faz palestras sobre Marketing.
Se você não corre atrás de um sonho, ninguém vai correr por você, vai saber se o cara não está juntando dinheiro há 20 anos... Vai saber, se destes 20 anos, o que ele pagou pra policial corrupto pra continuar vendendo na rua não dava pra ele ir umas 4 vezes pra Europa e ainda ficar uns 15 dias num hotel 5 estrelas.
Minha conclusão: Viver não é preciso e viajar não é precisamente luxo para poucos.
Pois bem, um deles reclamava a ausência do outro, sentida por alguns dias, o outro então disse:
- Tava na Europa!
Eu até diminui o passo para tentar ouvir o resto da conversa e, assim como eu, o outro vendedor bombardiou:
- Você tá brincando?
- Claro que não. Eu tava na Europa!
Aquilo, pra mim, soou como algo estranho e me veio a mente a situação de que muitos de nós brasileiros não temos a mínima condição de sair do pais, para quem sabe, ir ao Paraguai comprar o tão sonhado IPOD. Não precisa nem ter telinha de cristal líquido, eu só preciso da maçãzinha aparecendo (e que não seja a maçãzinha do primeira mão).
Ao mesmo tempo que tive a impressão de que o mundo não tem mais fronteiras e que qualquer pessoa hoje tem condições de ter uma tv de LCD com 52 polegas pela pechincha de R$ 10.783,85, eu sei, você tá pensando que é um absurdo, mas não faz muito tempo e você fazia consórcio pra comprar vídeo cassete de 2 cabeças; outro fato em que eu refleti é que o trabalho "paralelo" ou como muita gente chama de ambulante pode ser rentável, afinal de contas muita gente em São Paulo se mantém dessa forma. Temos até um exemplo de um vendedor de doces que tinha sua barraquinha na rua e hoje, após abrir sua própria loja, e essa sim pagando impostos, dá entrevista para o Jô Soares e faz palestras sobre Marketing.
Se você não corre atrás de um sonho, ninguém vai correr por você, vai saber se o cara não está juntando dinheiro há 20 anos... Vai saber, se destes 20 anos, o que ele pagou pra policial corrupto pra continuar vendendo na rua não dava pra ele ir umas 4 vezes pra Europa e ainda ficar uns 15 dias num hotel 5 estrelas.
Minha conclusão: Viver não é preciso e viajar não é precisamente luxo para poucos.
2 comentários:
Tudo depende de nossas escolhas, podemos viver sendo escravos do dinheiro ou optar por aproveitar o que temos e sermos felizes..
Aposto que a viagem desse rapaz pode e deve ter sido muito mais divertida que a de muitas pessoas que já tiveram oportunidade de ir mais vezes...
hehehe... eu acho que ele apenas quis dizer que estava trabalhando num ponto novo, na Avenida Europa... hehehe... Mas, aproveitando o gancho do Moreira Leite, esse lance de ser escravo do dinheiro ou fazer do dinheio seu escravo rende uma boa reflexão, talvez um bom comtato. Afinal, tem gente que passa a vida na ânsia de acumular capital e patrimônio que até esquece de gastá-lo, de aproveitá-lo; enquanto outros, com menos renda (ou até nenhuma, conheço exemplos), muitas vezes aproveitam mais a vida. Sei que não tem nada haver com o post, mas me fez refletir. Abraços.
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