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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Quadrinhos Marginais – 40 anos de muitas glórias

De 21 de outubro de 2009 até 28 de fevereiro de 2010 ocorre a mostra comemorativa dos 40 anos dos quadrinhos marginais. O evento teve em sua inauguração, no dia 17/10, uma palestra significativa com a presença de João Gualberto Costa (Gual); do cartunista Marcatti; Will (Quarto mundo) - e Tiago Judas (Sociedade Radioativa), que na oportunidade descreveram como foi o desenvolvimento das obras underground no Brasil, traçando um paralelo com o resto do mundo e a sua influência e representatividade no Brasil.

Para Will, do Quarto Mundo, um coletivo de quadrinistas independentes, “seria ótimo se o autor ficasse só desenhando. Mas, atualmente, você tem que entender do processo de impressão e fazer a sua revista na unha. Ir atrás de patrocínio, gráfica e distribuição.” Ele explica que o Quarto Mundo é um coletivo de autores que se auto-produzem, primando para manter a diversidade de cada um preservada. “O independente não é só uma necessidade é mas do que isso, é um fundamento.”, afirma.

Marcatti completa que o Brasil pode não ter volume de publicação, mas tem diversidade de autores e uma produção de HQ extremamente criativa. “Se tomarmos as rédeas da produção, nos tornaremos vitrine”, diz o quadrinista.

“O bom da cena independente é que as pessoas não se copiam. Elas seguem a própria criatividade. E isso só tem a somar para a diversidade do quadrinho brasileiro”, conclui Will.

Na exposição, há diversas imagens, sendo algumas marcantes no mundo do quadrinho marginal, exibindo-se capas, páginas internas, heróis e anti-heróis, balões, vinhetas, traços famosos e presentes nas mais diversas revistas, como a Boca, Balão, Lodo, Capa, Meia de Seda, Papagaio, As Aventuras de Robert Crumb, Freak, Zap (Acervo da Gibiteca Henfil).

Os quadrinhos marginais começaram a ser publicados nos Estados Unidos no final dos anos 60, tendo a revista Zap Comix, como marco inicial, sendo esta obra publicada e editada por nada mais, nada menos, do que o grande e lendário Robert Crumb. (Aliás, Robert está com uma nova obra a respeito do antigo testamento, mais precisamente sobre o Éden. O material está, surpreendentemente, entre as mais vendidas revistas de HQs nos Estados Unidos, no mês de outubro de 2009.)

Nos anos 70, os quadrinhos marginais tiveram enorme destaque no Brasil, uma vez que na época, diante da ditadura militar que governava o País, eram as referidas revistas o principal crítico aos desmandos o qual eram expostos o público. Quem não se lembra de Henfil, com seus marcantes personagens, como o Fradin, que criticava, de forma corajosa os poderosos que governavam o País?!

Já nos anos 80 e 90, os quadrinhos marginais brasileiros se tornaram referência tanto pela sua criatividade, como pelo seu censo crítico, sendo cultuados, e, por que não copiados por outros ramos dos quadrinhos. Não é por demais dizer que todos os elogios são todos merecidos, portanto, vida longa à marginalidade.

Muitos foram os talentos revelados pelos quadrinhos marginais, artistas importantes, gente graúda como o Laerte, Mutarelli, Angeli, os irmãos Caruso, dentre muito outros. Sua importância para o desenvolvimento dos quadrinhos nacionais é essencial. Portanto, uma visita à mostra, para os apaixonados pelos quadrinhos, é sem dúvida missão obrigatória para o próximo fim de semana livre.


*P.S: Texto escrito por Carlos Alberto e Nathalya Buracoff em visita à Gibiteca Henfil no centro Cultural São Paulo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Praga de mãe pega!

Historicamente, o homem cresce aprendendo com seus erros. Sua mãe diz para não por a mão no vidro do forno pois está muito quente e você vai queimar a mão. Isso soa como um desafio. O dedinho vai mansinho chegando perto até que vem o choro e o berro da experiência diz: eu não te disse!!!

Agora imagine que uma empresa é filha da opinião pública. Cada reclamação, cada indignação pela falta de profissionalismo deveria parecer como um puxão de orelha, e em alguns casos umas boas palmadas, mas é difícil encontrar aqueles que escutam suas mães. Conforme crescemos vamos amadurecendo e passamos a ser mais prudentes.

Voltando o olhar para o mundo corporativo, apesar de respeitar, a maioria das instituições não sabem lidar com os seus consumidores e batem cabeça durante um problema, simplesmente, por nunca ter pensado que a viveria. Ignorar alguns sinais de uma crise é dar um tiro no pé, e esse tiro pode custar muito tempo de tratamento.

Nesta última sexta-feira presenciei algo que me deixou bastante contente, o primeiro passo para a fase adulta da TELEFONICA. Isso mesmo, a empresa de telefonia espanhola. Fui convidado para participar de um evento que reuniu alguns blogueiros, entre eles Edney Souza, Luiz Yassuda, Alexandre Fugita, Thiago Mobilon. Todos reunidos para ouvir Fabio Bruggioni, Diretor da área residencial. O intuito deste bate-papo era deixar o coitado do Fábio nervoso, digo, era deixar que nós expuséssemos nossos pontos de vista, nossas questões a respeito dos serviços prestrados pela empresa. E ao mesmo tempo, a intituição poderia dimencionar o quanto esses consumidores potenciais qualificam a reputação de sua marca.

O que me deixou bastante contente, como disse anteriormente, é o fato da TELEFONICA dar a cara a tapa. Bruggioni, mostrou algumas soluções mas mostrou principalmente preocupação com o nome da instituição, preocupação com seu cliente. Isso é um avanço se pensarmos que o maior ponto negativo dessas empresas é justamente o atendimento aos seus clientes.

Dito isso, posso falar de alguns pontos que acho relevantes levantados na conversa.

O primeiro deles é o fato do Speedy neste momento voltar a ser uma boa opção de banda larga. Bruggioni fez questão de nos mostrar os fluxogramas do Speedy, agora corrigido e estável. Ele quis mostrar que a equipe estava inteiramente comprometida na recuperação após a crise da banda larga.

Em segundo lugar reconhecer algumas falhas. Em 2002 solicitei a instalação do Speedy em minha casa, e o que me deixou incomodado e de mãos atadas foi o fato da empresa demorar quase 1 mês para realizar a instalação. O que fora prometido não fora cumprido, além disso, eu fui cobrado na ocasião, por um serviço que não estava utilizando. O que ocasionou o meu aborrecimento e no primeiro momento em que pude realizar a troca por um concorrente, o fiz, sem pestanejar. A solução para isso foi só iniciar a cobrança após a primeira autenticação do serviço e um novo procedimento para instação.

Agora, o ponto mais relevante, na minha humilde opinião, foi a empresa passar a enxergar o seu cliente. Isso é fundamental para o sucesso. Não é só enxergar que 30% a 40% dos consumidores de Speedy são da classe C, é fazer com que o atendimento a esses cliente seja bem realizado. Não é só desenvolver novos produtos, como o Orby, mas fazer com que eles sejam realmente uma boa opção e que agreguem valor ao nome da empresa.


Orby é um Smartphone residencial. Com ele é possível, por exemplo, 
mandar SMS, ver emails ou pedir comida online, além, é claro, de fazer ligações. 
Lançamento previsto para Dezembro deste ano.

Ouvir o que seu público tem a dizer é ser menos arrogante, e demonstra amadurecimento por parte de uma empresa. Ouvir nossa opinião sobre a campanha publicitária, sobre posicionamentos da marca é, antes de tudo, poder corrigir um ato falho e prevenir crises posteriores. Casos como o da OI, são ótimos exemplos de como deixar seu público alvo nortear os rumos da empresa. Ela notou que as principais queixas nas operadora eram portabilidade e as cobranças de multas por cancelamento e se aproveitou disso para fazer uma campanha massiva dizendo que a OI não faz isso. Genial, não é? Bastou abrir seus ouvidos.

Por essas e outras é que brigar com sua mãe geralmente acaba mal, pois por mais que você a menospreze e a ache antiquada, ela ainda sabe mais que você.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Arquitetura da Fotografia - Relatos de um fã de Cristiano Mascaro

Cristiano Mascaro são os olhos de São Paulo, assim como o Parque do Ibirapuera é o nariz e a Sala São Paulo é a boca. Nenhum trabalho fotográfico sobre a maior metrópole do país é mais importante que a desse artista da luz.

Nascido em Catanduva, interior de São Paulo, aos 22 dias de outubro de 1944. Mascaro se formou em Arquitetura pela FAU/USP em 1968, em 1986 se torna Mestre em estruturas ambientais urbanas pela FAU/USP com a dissertação O Uso da Fotografia na Interpretação do Espaço Urbano e em 1994 consegue o título de Doutor também pela FAU/USP com a tese A Fotografia e a Arquitetura. Mas foi durante a faculdade, em uma escapada de uma de suas aulas, que ele se encantou com o que seria sua profissão. Ao procurar alguns livros na biblioteca, se deparou com um todo especial, nele estava a obra de um dos maiores gênios da fotografia: Henri Cartier-Bresson, o francês que desenvolveu uma maneira própria de fotografar e que depois a apelidou de momento decisivo. Ainda fora inspirado por nomes como Robert Frank, aquele nobre homem que produziu The Americans há 50 anos, além de mencionar sempre outro mestre: Irvin Penn.

Com todo esse referencial, Ricardo Ohtake, no documentário Mascarianas que fala do trabalho de Cristiano, traduz bem e reforça o lado estético e o trabalho de luz e sombra, muito presente na obra do fotógrafo. A arquitetura está, de fato, muito presente em seu olhar, mas ele também revela um lado humano presente em todas as cidades. 

No bate-papo que tivemos com ele no Sesc Pinheiros na sexta-feira passada (06/11), com mais 20 sortudos presentes , ele fala: "não existem cidades, existem pessoas", e é nessa frase que conseguimos ver sua preocupação humanística, que por mais que sejamos cercados de belíssimos arranha-céus nada faria sentido sem alguém para habitá-los.

É pena que tantos paulistas e paulistanos desconheçam seu nome e principalmente seu trabalho. Eu, quando comecei a me interessar pela caixa mágica (não, não é a TV), me deparei e me encantei com um livro deste senhor bem-humorado e simpático. O livro era São Paulo (Editora Senac, 2000, 199p). As composições eram meticulosas e pareciam desenhadas de tão bem dispostas. Na conversa com ele, ficou claro que ele é dotado de uma grande paciência para realizar seus projetos e que é perfeccionista, mas grandes gênios tem que ter essa vontade de sempre fazer o melhor e ele consegue ser simples e totalmente abrangente em uma imagem, algo que admiro.

Neste momento, ele vive uma nova fase de sua vida, descobrindo a fotografia digital. Sim. Faz apenas dois anos que Cristiano deixou de usar suas câmeras de filme, e ele diz com muita graça: "ainda não aprendi a mexer, algumas vezes eu aperto o botão do menu com o nariz". E nesse novo instante suas preocupações mudaram, o que antes era feito numa sala escura, hoje é feito diante de um computador, em relação a segurança ele disse: "Tenho que colocar minhas novas câmeras no seguro, pois essas são visadas.(..) com as antigas nunca tive problema, acho que os ladrões sentiam preguiça de ter que levar tripé, câmera(...)".



Depois dessa noite memorável e de tanto falar sobre minha mais nova paixão profissional, pude chegar para um dos meus grandes ídolos, apertar sua mão e dizer: "Parabéns pelo seu trabalho". Ele bateu no meu ombro, agradeceu e eu fui embora, pelas ruas de São Paulo retratadas por ele e que me inspiram.

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Trecho do documentário de Alexandre Leal que apresenta o fotógrafo, arquiteto e professor Cristiano Mascaro Faz parte da série de DVDs Encontros do Itaú Cultural sobre artistas e outras personalidades da história do Brasil.

Disponível para empréstimo gratuito na midiateca da sede do Itaú Cultural em São Paulo ou em bibliotecas e instituições parceiras do Instituto. Mais informações: (11)2168-1777

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Superficialidade Técnica

O que é beleza para você? A subjetividade desta resposta está embrenhada na formação de cada um e faz com que a diversidade seja o fator mais importante dentro da sociedade atual. Mas como fuciona isso? Por que somos tão diferentes? No desenvolvimento de uma personalidade a sua cabeça funciona como um baú, onde coloca-se apenas o que VOCÊ acha interessante e valioso, e faz com que não existam dois baús iguais, pois não existem duas pessoas que tenham vivido as mesmas coisas com a mesma intensidade e raciocínio, em nenhuma parte do universo, por isso falar sobre o conceito de beleza torna-se algo impraticável.  E discutir a ferro e fogo o que me satisfaz estéticamente leva diretamente a essa frase: "o segredo do sucesso eu não sei, mas o do fracasso é tentar agradar a todos".

Usando a fotografia como parâmetro, li o ótimo texto do Ivan de Almeida, em seu blog Fotografia em Palavras, ele fala sobre o conceito da fotografia bela ou tecnicamente correta, e concordo inteiramente com a concepção da qual ele faz referência: onde simplesmente responder a questão de que a imagem é bonita não quer dizer efetivamente que ela seja ou não bela, ou mais além, não quer dizer que ela tenha algo em sua essência que seja importante.

O que deve fica claro, pelo menos para mim, no texto do nobre Ivan e nessa discussão, é que falta identidade para cada imagem produzida. Como quando me trouxeram uma revista Clix e no mesmo momento em que bati o olho, identifiquei e disse: foi o Clício Barroso que fez a capa. É esse tipo de assinatura que vejo em alguns profissionais e que falta na maioria, ou é muito complicado de reconhecer quando o retrato era de Arnold Newman? Ou quando a fotografia é de Cartier Bresson?

A discussão de beleza deve ser absolutamente colocada de lado, isso na verdade pouco importa, afinal nem sempre concordaremos sobre algo tão singular e nem vai adiantar tentar provar para mim que o seu bonito deve ser o meu bonito.

Usando ainda a fotografia como referência, entre milhares de imagens que somos submetidos todos os dias, poucas têm o formato despadronizado (exemplos de padrão na fotografia: regra do terço, padrões de iluminação, padrões de configuração de câmera e até mesmo padrões de utilização de softwares para edição de imagem, que tornam todas as fotos com o mesmo formato básico). Dentre as despadronizadas temos as que foram feitas sem o mínimo de conhecimento técnico e temos aquela que tiveram um porquê na sua elaboração e consequentemente em sua feitura.

Lendo Luz, Câmera e Ação de Edgar Moura, fica claro o motivo do problema "padrão". Lá ele menciona: "Você quer saber onde, como e quando (iluminar), e eu acho que, para se chegar lá, é preciso passar por Deus, pela lua e pelos homens. O único jeito de saber como é saber porquê...", trocando em miúdos: os novos alunos e estudiosos visam a técnica e pouco intelecto. O Twitter é um grande reflexo disso, bastam 140 caracteres para chegarmos a uma conclusão, ou passar uma idéia. Isso não quer dizer que o microblog seja uma péssima idéia, mas pode te limitar e principalmente te condicionar a uma vida de coisas breves e superficiais.

Estes dias li que não estamos mais na era da criatividade, estamos na era da relevância. Isso coloca TUDO no balde do politicamente correto e do tecnicamente perfeito. Aí você se pergunta, e daí? E eu te respondo: formando milhares ou milhões de técnicos temos apenas alguém para realizar uma determinada função, o que tem muita relevância, afinal de contas as funções têm que ser executadas. Agora vamos expandir. Seja você um fotógrafo, pintor, artista plástico, médico, engenheiro, culinarista ou qualquer que seja a profissão, se você quer realizar algo com suas características, com sua identidade, se você quer que algo feito por você seja realmente importante é necessário que se tenha, no mínimo, referências. Veja, não se trata de copiar, mas de absorver e entender como chegar até a um determinado resultado. Sabendo isso, conciliado a uma boa preparação técnica, teremos algo diferenciado.

O problema dessa história toda, e que gerou este post, é exatamente o quão superficial tem se tornado a educação e como estamos ficando condicionados a entender superficialmente de tudo. Outro dia, vi o Ed Motta falando sobre como ele é apaixonado por vinhos, por discos, por queijos... e como ele entende profundamente sobre cada assunto e ele disse: "hoje em dia parece que as pessoas vieram ao mundo a passeio".

Ele tem razão. Hoje, formam-se pessoas que durante toda uma vida serão meros apertadores de botão, e que passarão pela vida sem saber o motivo do botão estar ali.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Followers for Nothing and Chicks for Free

É fato que quando junta-se muito, mas muito brasileiro, sempre acontece o efeito muvuca! No Twitter não ia ser diferente. Segundo o IBOPE, em Maio deste ano 3,7 milhões de pessoas utilizaram o serviço de microblogs. Bastante gente, não é? Quem usa o site sabe que em alguns bons casos é possível ter contato com pessoas de fama, ou pseudo-fama, e isso gera um verdadeiro fuzuê (eu sei, esse termo é velho demais). A possibilidade de ganhar notoriedade por causa do número de seguidores é levada a sério, e muita gente disputa follow a follow como numa corrida de cavalos.


Mas isso não é de agora, quando o Orkut virou moda, a idéia era ter a maior quantidade de amigos possíveis. E a frase que ganhou o Brasil foi: "Me add!". Pra quem não sabe (e isso vale pra muito imbecil que falava essa frase e não tinha idéia do que significava) Add é um verbo do Inglês, que significa Adicionar.

Quando uma rede social passa do mundo virtual para o mundo real é porque o efeito muvuca está próximo. Enquanto as pessoas não reparam que o mesmo acesso que elas têm, você também tem, esse tipo de situação não acontece:

Vamos lá, imagine, um homem e uma mulher numa balada, ou num bar. Eles não se conhecem. Ele pede um chopp (não é Chopp Sol #piadadotwitter), ela pede um Sex on The Beach. Trocam olhares. Ele resolve investir e puxa assunto. Depois de muito papo furado ele faz a maldita pergunta: Você-tem-Orkut? PRONTO! Ela diz que sim. Ele sai correndo do bar e quando chega em casa a primeira coisa que faz, antes mesmo de trancar a porta, é "Add" a pretendente.

Esse é o primeiro passo para o efeito muvuca. Explico. Este fenômeno acontece quando um serviço, que tem a intenção de comunicação e aproximação de pessoas, deixa essa função para se tornar Status. E se esse Status se torna relevante para um determinado grupo de pessoas = BUMMMM! Efeito Muvuca!

Hoje as pessoas estão se digladeando por seguidores. Imagino como as pessoas fariam para ir na feira colocando esse Status como moeda.

- Oi, me vê uma dúzia de batatas.
- Prontinho, dona!
- Quanto é?
- 12 followers e 2 Britneys Fuckeds




Pensando nisso resolvi fazer uma imersão, levei minha pesquisa a fundo. Pensei em um método, que de alguma forma é o mais absurdo para chegar a um número x de seguidores e criei um fake! O Senor, digo, Senhor Silvio Santos (@silvio__santos) ganhou mais um fake que teve vida curta, apenas 3 horas e 50 minutos e que alcançou seu objetivo, chegar aos 300 followers. Podia ter chegado mais rápido se tivesse me empenhado, mas resolvi deixar o barco correr. A verdade é que TODOS sabiam que se tratava de algo falso, e que eu não era na verdade o verdadeiro Homem do Baú, mas mesmo assim, me ter por perto seria algo interessante, pois se um dia eu ficasse famoso, ou pseudo-famoso, eu poderia levar comigo as pessoas que me seguissem.




Mas vamos a metodologia. Para conquistar followers foi muito simples, procurei um grupo de pessoas desesperadas. Esse grupo segue um conceito semelhante aos de pirâmides de dinheiro, onde todos dão uma parcela pra um receber o todo. Neste caso não há dinheiro, e sim, seguidores, estes seguidores propõe que se você seguir uma lista com N pessoas, todas elas vão te seguir de volta. E isso acontece numa grande maioria e polui completamente a sua existência dentro do Twitter. A grande questão de tudo isso é: PRA QUE? (mas é um PRA QUE? aos gritos como os de Leandro Hassum).

E a resposta está no Efeito Muvuca. Status. Nada mais que Status.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dicas dos Twitteres para o Fim de Semana!

Tá procurando o que fazer no feriadão? Veio ao lugar certo. No ComTatos, abrimos espaço para você montar a programação cultural para o Fim de Semana. Sendo assim, vamos às dicas.

Lembrando que clicando na imagem você será direcionado para a página do Twitter que deu a dica e logo abaixo você encontrará um link com mais informações sobre o evento.































Se você quiser mandar a sua dica, siga o @comtatos e sexta-feira que vem mande pra gente.

Agradecemos aos que colaboraram com dicas.

Um ótimo final de semana prolongado!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O florescer da maldade



Quantos filmes suecos você conhece? De quantos filmes suecos você já ouviu falar? Se a sua resposta é nenhum, que tal começar por uma obra que teve ótima repercussão e foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro no ano de 2004?

Trata-se de Evil, traduzido para o português como Raízes do Mal, e neste caso o título, realmente, faz jus ao enredo, já que o filme retrata aquilo que têm o poder de formar o caráter de uma pessoa, neste caso negativamente. A minha discussão aqui levanta o seguinte: Será que algo que aconteceu durante a sua formação pode mudar a sua forma de agir para o resto da vida? Pois bem, vamos aos fatos:

Você pode imaginar o que é ser humilhado, torturado e injustiçado, mas Erik, de 16 anos, viveu na própria pele tudo isso. Sua mãe, amedrontada, não adotou uma postura firme ao ver seu filho ser castigado pelo atual marido, o que era uma atitude comum na década de 50. Desde então, de alguma forma isso passou a agir na formação do rapaz, tornando Erik um rapaz violento, refletindo, como um espelho, as agressões que sofreu. A expulsão da escola onde estudava, fez com que ele fosse transferido para um colégio de renome, Stjärnberg. Porém, durante o filme, fica claro que a aristocracia da instituição, com seus alunos de origem mais nobre, tem o poder nas mãos e o usa a seu bel-prazer para garantir um falso sentimento de ordem.

Erik é aplicado, realmente um bom aluno, principalmente quando o assunto é natação, esporte que domina com facilidade. Porém, seu currículo mostra que bom comportamento não é o forte e, se antes não costumava baixar a cabeça para certas imposições, na escola isso não seria diferente. O importante é que ele encontra por lá um amigo – Pierre - e um amor – Maria - fatores que não eram comuns na vida do garoto. Diante de tantos influentes, Erik é colocado à prova a cada instante, mesmo tendo como objetivo a mudança dos rumos de sua história, porém tudo parece seguir para o mesmo ciclo vicioso e violento na qual fora inserido.

O filme traz um roteiro muito bem adaptado do best-seller Evil, de Jan Guillou, que, pasme! – trata-se de uma história autobiográfica. A ótima atuação por parte de Andreas Wilson (Erik) conduz de forma exemplar o ritmo do filme. E por falar em ritmo, a trilha sonora é muito bem balanceada, em um determinado momento me lembrou Os Intocáveis (Untouchables, The, 1987 – Brian De Palma). A fotografia é cuidadosamente bem executada, com um elegante ar cinquentista. A película, como um todo, é muito bem produzida e dirigida e foi indicada com louvor ao prêmio da estatueta dourada.

Agora, se você ficou curioso e quer saber mais sobre a influência das condutas alheias em nossa personalidade, além de conhecer a história de Erik, eis aqui uma boa oportunidade para mudar as respostas negativas às perguntas do início deste texto.

Evil - Raízes do Mal (2003)
Título original: Ondskan
Direção: Mikael Håfström

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Doce vingança




No início da ocupação alemã na França, Shosanna Dreyfus testemunha a execução de sua família pelo coronel nazista Hans Landa. Ela consegue escapar e foge para Paris, muda de nome e vira dona de um pequeno cinema. Em outro lugar do continente, o tenente Aldo Raine organiza um grupo de soldados judeus americanos para colocar em prática um plano de vingança. Posteriormente conhecido pelos alemães como os "Os Bastardos", o grupo se junta à atriz alemã e à agente secreta Bridget Von Hammersmark em uma missão para eliminar os líderes do Terceiro Reich. Por força do destino, todos se encontram no mesmo cinema em que Shosanna tramou um plano de vingança próprio.

Esta é a sinopse de “Bastardos Inglórios”, o novo filme de Quentin Tarantino, estrelado por Brad Pitt. O longa já arrecadou US$ 245 milhões nas bilheterias desde seu lançamento, em agosto, e ganhará as telas brasileiras nesta sexta-feira. Não vi o filme. Mas é justamente este o sentido deste post – a expectativa.

Assim como em Kill Bill 1 e Kill Bill 2 , Bastardos tem uma trilha sonora ótima, ostentando as estrelas de Isaac Hayes e de Ennio Morricone. Pô, até o Ed Motta queria ter uma trilha sonora com a participação de Morricone!

Mal posso esperar para ver os enquadramentos cuidadosamente desenhados, as conversas sagazes e a sutileza brutal com que Tarantino dialoga em suas poesias de montagem. Eu sou suspeita para falar do Tarantino desde quando era uma garotinha que decidiu que queria ser caça-vampiros quando crescesse após assistir um Drink no Inferno. Talvez por isso eu não me choco com filmes que respingam sangue das telas de cinema. Ao contrário, até gosto. Segundo Tarantino, "Se a violência é parte do meu estilo como artista isso é uma questão de estética". E se ele - que concebe - usa a violência como recurso, sem peso na consciência, eu - que assisto - não reclamo do excesso de pancadaria nem do tiroteio gratuito. De onde será que ele tira tanta brutalidade, com tanto vigor?

O melhor de tudo é que Tarantino está de volta ao gênero vingativo motherfucka! Não é a saga da noiva para matar quem “a matou” e sim uma desforra histórica. (E para quem tem uma família que chegou ao Brasil fugindo da guerra isso tem um significado maior.) É o cinema salvando o mundo de modo brutal, eficaz, certeiro, sanguinário! Yeah!
Não, não sou uma pessoa vingativa. Nem violenta. E talvez seja por isso que eu gosto tanto de Tarantino. Porque com ele eu me vingo de tudo aquilo que não posso fazer na vida real. É como uma terapia. Quem nunca sentiu vontade de revidar que atire a primeira adaga! Seja no trânsito, na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê.

O desejo de vingança é quase uma reação natural à injustiça. O plano de arquitetá-la e colocá-la em prática é que pode ser doentio. Por isso que os filmes de violência anestesiam, agindo como válvula de escape. Quer xingar o chefe que te faz trabalhar feito mula e ainda te paga um salário de fome? Quer brigar com o namorado que te deixa esperando? Tem vontade de socar aquela amiga duas caras do trabalho? Tem vontade de gritar "Fora Sarney!" no meio do expediente? Mas não pode fazer nada disso, porque você é uma pessoa sensata, certo?! Vá ver Bastardos Inglórios e sinta-se vingado nas cenas de pancadaria com o taco de beisebol! Mas lembre-se, segundo Epicuro, "a justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem."

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Não é feitiçaria, é tecnologia - Parte II



Continuando a discussão do meu último post, seja para o bem ou para o mal, alguns recursos que a tecnologia nos oferece não podem ser aplicados na ‘vida real’ (sempre quis usar esta expressão). Mas como sonhar é de graça, fico imaginando como seria o nosso cotidiano, caso pudéssemos recorrer a esses truques. Recebi algumas sugestões de vocês, queridos leitores, e segue mais um Top Five com alguns poderes que só o seu computador lhe oferece:

Ctrl + Z
Imagine como nossa vida seria se fosse possível desfazer as burradas (pelo menos algumas) que já fizemos na vida. Todas as besteiras que você falou/fez porque bebeu demais, porque estava de TPM ou porque Tava Puto, Bicho! Enfim.... Desfazer discussão, tapa, dinheiro gasto com roupas de gosto duvidoso... São mil e um itens nesta categoria.

Abas
Um dos recursos mais bacanas é poder dividir o navegador em abas e organizá-las de acordo com sua preferência. Se pudéssemos fazer isso com o nosso comportamento tudo seria tão mais simples. Era só arrastar a aba “razão” para a frente da “emoção” e pronto, aquela atitude decisiva na sua vida seria tomada em segundos com chances de arrependimento reduzidas a pó.

Ctrl + Alt + Del
Sabe aquele momento em que sua vida emperra? Você perde o(a) ___________
Preencha na linha acima: emprego / namorado / saúde / paciência / chave de casa.
Para os momentos em que nada mais anda na sua vida, e não só o carro no engarrafamento na marginal, aperte este trio e pronto - é só finalizar a tarefa má sucedida.

Alt + F4
Mas se só finalizar é pouco e o que você quer mesmo é mandar tudo pra P. que O pariu ? Feche a janela e pronto. Este comando seria muito útil para as horas em que você comete uma tremenda gafe, troca o nome da namorada, deixa cair molho de tomate na camisa branca e em todas as demais saídas estratégicas.

Alt + Tab
Mas nem sempre o nosso desejo é só finalizar uma tarefa, ou simplesmente sumir. Às vezes, o que você mais queremos na vida é jogar tudo pro alto e viver de artesanato lá em Jericoacara Para as horas de extrema aflição é simples: dê um Alt + Tab, vá contar peixinhos e seja feliz!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Não é feitiçaria, é tecnologia

Semana passada, estava um tanto contemplativa e comecei a imaginar como seria a nossa vida se pudéssemos saber das coisas futuras. Não, não é cartomancia, tarô, macumba e demais recursos já utilizados. Eu fiquei encucada com os contadores, muito utilizados em sites e blogs.

Seja o florido “Faltam 18 dias para o casamento de Aline e Maurício”, o “Programe-se, restam 18 minutos para a megapromoção no setor de livros e CDs” das lojas de comércio online, ou o “Restam 12 quilos para o peso ideal” nos blogs à lá “Diário do meu emagrecimento”, todo mundo faz uma contagem regressiva. Tem gente que conta os dias para rever a namorada em Recife, para curtir o show do ídolo, ou para tirar férias. Então, comecei a pensar que restam 63 dias para o show do AC/DC. Na prática não muda nada, mas essa ansiedade nos traz a ilusão de pular a "parte insignificante do dia-a-dia" e nos prepararmos para aquele momento incrível que está por vir. Mas o que aconteceria se soubéssemos, por exemplo, de coisas como:


  • faltam 116 dias para o aumento no seu salário;
  • faltam 68 dias para você arrumar um emprego;
  • faltam 325 horas para que ele lhe peça em namoro naquele barzinho legal onde foram apresentados;
  • faltam 201 minutos para que seu filho dê o primeiro passo (e ele não vai se apoiar na mesinha da sala).
  • faltam 2 dias para que sua filha dê o primeiro beijo naquele garoto mal encarado que vai fazer trabalho de escola na sua casa.

Como nem tudo pode ser divertido de ser previsto, como você reagiria ao saber que “faltam 2 minutos para a sua morte”? Entretanto, se alguns recursos do mundo da informática fossem aplicados na realidade, certos acontecimentos marcantes poderiam ser programados e curtidos com mais dedicação do que o raro tempo que lhes é dado, nesta correria doida em que vivemos.

Então, fiz um Top Five dos melhores recursos inusitados que poderiam migrar do computador para o cotidiano:

Seguidores no Twitter

Se, além de estar presente no site azul, o registro de seguidores fosse real e você soubesse que tem alguém lhe seguindo, você:

  • não seria surpreendido numa rua escura por um assaltante;
  • não tomaria sustos no Castelo dos Horrores;
  • poderia fazer charminho para aquele gato que” te segue com o olhar na balada”, mas você, míope, não percebe;
  • saberia quem achou a sua carteira perdida no ônibus.
Modo Offline
Fora o MSN, Gtalk e demais programas de conversas online, se eu pudesse ficar “invisível” seria o máximo. Sempre foi um dos poderes mutantes mais legais. Depois, à lá X-Men, poderíamos voar ou ter o poder do Noturno e.. Ok, vocês já entenderam e podem viajar nas asas da imaginação tentando responder: “O que eu faria se fosse invisível?”

Minimizar a sogra/o chefe e maximizar a mãe
Pessoalmente, nada contra sogra e chefe, mas essas figuras são precedidas pela má fama das categorias. Com este recurso tecnológico, todos os seres inconvenientes que testam a sua santa paciência seriam reduzidos ao tamanho de formigas. Já a galera gente boa - mãe, namorado, amiga do peito, cachorro e gato – seriam maximizados nos momentos oportunos. Imagine a cena: Aquela estreia tão concorrida no cinema poderia ser um programa a dois perfeito sem um bando de chato gritando no meio do filme.

Função desfragmentar
Com ela o seu cabelo, seu quarto, sua casa, sua cozinha e, por fim, sua vida entrariam nos eixos num piscar de olhos. Já imaginou apertar o “desfragmentar” e não ter nenhuma peça fora do lugar no guarda-roupa?

Ctrl + F
Já aconteceu de você ficar meia horinha curtindo o mar e depois perder o guarda-sol dos seus amigos de vista? Depois descobrir que andou 500 metros no sentido contrário? Comigo já. Com o Ctrl + F isso ficara no passado.

Além disso, localizar aquela frase incrível no livro de 358 páginas e citá-la para os amigos na hora certa; achar a travessa que corta caminho e lhe poupa de pegar um engarrafamento gigantesco para chegar em casa; encontrar a galera ao chegar atrasada no show; e até coisas banais, como achar a chave na sua maxibolsa sem ter que tirar sua vida inteira de dentro dela - todas essas tarefas ficariam muito mais fáceis com este simples comando. Para pessoas que são perdidas por natureza, como eu, este recurso seria tão genial quanto o modo invisível.


E você, que recurso do computador e da web você levaria para a sua vida?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pequena locadora de prazeres

Você vai às compras sempre? E com o que você gasta seu rico dinheirinho? Entre roupas, calçados e eletrônicos fica uma dúvida. Pra que? Espremendo ainda mais essa questão, fico indignado com o quanto o valor de certas coisas se perderam.

Você pode pagar R$ 1.200,00 em um celular de última geração que tem 3G, câmera, mp3, mp4, mp5, mp6, mas quanto você pagaria por uma brisa num dia de calor? Você pode pagar R$ 2.500,00 em uma TV de LCD da melhor marca, com os maiores recursos, que tem até controle remoto que brilha no escuro, mas quanto você pagaria por um abraço apertado de um amigo?

Venho refletindo sobre isso faz algum tempo. Parece um assunto meio auto-ajuda, mas é na verdade um conselho. E como tratamos de cultura por aqui, o meu conselho vai exatamente de forma cultural, mais precisamente, cinematográfica.

Um sonho de liberdade

Neste enredo a liberdade é colocada em discussão e o quanto uma pessoa pode ser paciente em busca de um objetivo. O filme tem uma fotografia primorosa e, para aqueles que acham que Stephen King só sabe fazer terror, essa obra foi adaptada de seu livro homônimo. O elenco principal conta com Tim Robbins (Andy Dufresne) e Morgan Freeman (Ellis Boyd "Red" Redding).


À procura da felicidade

É a comovente história de alguém que luta por um sonho e encontra as mais variadas dificuldades para atingi-lo. Prova de que todos os obstáculos podem ser superados é que o filme é baseado em fatos reais e teve, nas filmagens, a colaboração do próprio Chris Garner (personagem central protagonizado por Will Smith). Com atuações perfeitas de parte da família Smith (sim, porque além de Will, seu filho Jaden Smith contracena com seu pai) o filme ganhou em emoção e credibilidade.


Curtindo a vida adoidado

Este filme ficou famoso pelo total bom humor de Ferris Bueller (Matthew Broderick) em tornar seu dia de folga uma verdadeira aventura. Apesar de ser muito engraçado tem algo nas entrelinhas que é bastante profundo, principalmente nos dias de hoje: O Tempo! Ou melhor, o quanto perdemos do nosso tempo servindo a outros propósitos, que não a nós mesmos.


Patch Adams - O Amor é Contagioso

O médico que revolucionou a forma de se relacionar com seus pacientes foi protagonizado no cinema por Robin Williams e ganhou seu público pelo carisma e a forma de ver a vida. O exemplo de vida, principalmente profissional, do Dr. Hunter "Patch" Adams é levado com irreverência, mas com toda a seriedade que o tema merece.


Antes de Partir

Para finalizar bem, este filme conta também com o grande Morgan Freeman que dessa vez contracena com alguém tão bom quanto ele, Jack Nicholson. O filme trata de um assunto que começou este post: quais as coisas mais valiosas em uma vida? O filme tem uma boa dose de humor, além de ser emocionante. Vale a pena conferir suas listas de desejos e como eles fazem para realizá-los.

Tente não assistir todos num mesmo dia ou final de semana (com exceção para Curtindo a vida adoidado, que pode ser visto 2 vezes ao dia após as refeições) para não ficar com marcas nos olhos de tanto chorar. O importante mesmo é captar a mensagem!

Prepare o lenço de papel e bom filme!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Come to the Fan Side

Quando uma obra transcende as telas e vira realidade? Os fãs de Harry Potter, Star Trek, Senhor dos Anéis, Arquivo X, são frutos de outros fãs: os admiradores de Star Wars estão no topo dessa cadeia alimentar.

Eventos são organizados por todo o mundo, com diversas pessoas figuradas de seus personagens favoritos, que levam suas atuações muito a sério. O Brasil não poderia ficar de fora e no ano passado realizou um evento dos mais visitados neste sentido. A exposição Star Wars Brasil ganhou Porão das Artes no Parque do Ibirapuera e contava com mais de 200 peças entre figurinos, réplicas de naves e maquetes.

Agora se focarmos ainda mais a nossa visão veremos que outros eventos acontecem a todo momento, é o caso do Saturday Fever - 1º Encontro Hasbro de Colecionadores Star Wars que teve sede em três lojas de brinquedos colecionáveis pela capital de São Paulo, são elas: a Semaan, que fica próxima ao metrô São Bento, a Coleciona, que fica na Rua Augusta e a loja Acme Brinquesdos que fica no Jaçanã (zona Norte - bairro onde cresci e moro até hoje) e onde eu fiz questão de acompanhar o evento.

Além de ter uma pequena exposição de objetos colecionáveis no interior da loja, a Acme reservou um espaço para palestras. Houve uma série de promoções e, principalmente, muitos curiosos.

Imagine-se andando por uma avenida e encontrar Lord Darth Vader e mais uma trupe de 20 personagens. Foi isso que aconteceu num desfile à luz do dia na Avenida Guapira, que corta o bairro do Jaçanã. Carros pararam, crianças correram para tirar fotos, pessoas vislumbradas e sem entender absolutamente nada, foi um verdadeiro encontro entre a fantasia e a realidade. Uma cena muito engraçada foi quando um senhor que passava ao meu lado e, ao ver aquela multidão de pessoas travestidas, gritou com convicção: "o mundo tá acabando"!



Foi muito interessante estar presente e notar a amizade existente entre os participantes, e como algo que nasceu para o cinema pode ter tamanho impacto no nosso cotidiano. Confesso que não sou fã de Star Wars, mas saí de lá com muita vontade de rever os filmes e é isso que vou fazer. Quem sabe no próximo evento eu não vá de Chewbacca ou de Han Solo!

Veja mais na nossa galeria de fotos, clicando ===> aqui

Que a força esteja com vocês!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Por trás dos óculos

Arnaldo Angeli Filho, o famosíssimo Angeli, nasceu em São Paulo, em 31 de agosto de 1956, e é um dos mais conhecidos chargistas brasileiros e, por conseqüência, um dos maiores ícones das histórias em quadrinhos nacionais. Ou vocês acham que Maurício de Sousa reinava sozinho, em berço esplêndido? Ledo engano.

Angeli, que, na minha humilde opinião, pode ser considerado o “Michael Jackson” dos quadrinhos nacionais, começou a sua brilhante trajetória desde muito cedo, mais precisamente, a
partir dos 14 anos, na revista Senhor, além de colaborar com diversos fanzines. A partir de 1973 foi contratado pelo jornal Folha de São Paulo, onde até hoje publica suas charges que turvam a cabeça dos políticos brasileiros, com suas críticas ácidas e mordazes.
Ele é criador de uma gama de personagens carismáticos, desenvolvidos a partir dos anos 80, como o grande esquerdista Meia Oito e Nanico, o seu parceiro homossexual enrustido (vixe...), a lendária Rê Bordosa, os Skrotinhos, Wood & Stock, Bibelô, Walter Ego ( esse, o meu favorito), Osgarmo, Los Três Amigos e o punk Bob Cuspe.
Ele mesmo se tornou sua própria criatura, nas tiras conhecidas como "Angeli em crise", uma espécie de visão ácida da vida cotidiana que cerca uma pessoa comum e ao mesmo tempo anárquica.


Publicou pela Circo Editorial, em 1983, a revista "Chiclete com Banana", um enorme sucesso editorial, cuja a tiragem já beirou os 110.000, exemplares e contava com a colaboração de gente do quilate de Luiz Gê, Glauco, Roberto Paiva, Glauco Mattoso e Laerte Coutinho. Hoje, A Chiclete com Banana é considerada, pela maioria dos críticos, uma das mais importantes publicações de quadrinhos adultos editadas no Brasil.


As tiras criadas por Angeli já foram publicadas na Alemanha, França, Itália, Espanha e Argentina, tendo tido enorme sucesso em Portugal, e ganharam até uma compilação de seu trabalho, lançada pela editora Devir em 2000 ( mesmo ano em que presenciou a estreia de uma série de animação com os seus personagens em uma co-produção da TV Cultura com a produtora portuguesa Animanostra).


Angeli também
trabalhou na Rede Globo, como redator do programa infantil TV Colosso (1993-1996). Na mesma rede, entre 1995 a 2005, fez desenhos de 5 segundos, que apareciam nos intervalos dos filmes da emissora.

Atualmente, Angeli é um artista exclusivo do site UOL e colabora diariamente com o Diário de Notícias de Lisboa. Do autor, a editora Devir/Jacaranda já publicou quatro volumes de sua coleção Sobras Completas que, com 19 livros programados, registra as melhores tiras de seus personagens. Vários são os políticos satirizados pelo artista, mas o seu preferido, talvez seja o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com menção honrosa para Itamar Franco e Lula. Mas tenho que dizer que a charge do atual governador José Serra é impagável.


Aproveitando o aniversário do grande artista, que tal deixar um recado em sua página o UOL e apreciar suas brilhantes charges? Além de conferir uma amostra do que há de maior em matéria de crítica aos políticos mau-caráter que se espalham pelo país.

Angeli é um baluarte da crítica inteligente, do humor ácido, da posição sempre coerente, sempre muito lúcida e que, infelizmente, vem rareando nessas terras em que Cabral perdeu as botas. Os nosso parabéns, e que continue importunando todos os moradores de Brasília. Dá-lhe Angeli!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Investimento musical

O segundo semestre de 2009 está repleto de atrações musicais internacionais. Quando as vendas dos ingressos são anunciadas, a certeza de que você finalmente verá aquele cantor/artista/banda incrível dá início a um ansioso período de espera.

Junto com a ansiedade para que o dia do evento chegue logo, as dívidas no cartão de crédito também começam a lhe preocupar. Claro, porque só pode haver um acordo comercial entre produtoras para impedir que as turnês dos artistas sejam divididas igualmente entre os meses do calendário. Assim, o seu salário nem sempre tem fôlego para pagar três compras de ingresso no mesmo mês.


Se você fosse comprar um par de ingressos (valor de entrada inteira) para alguns dos próximos shows internacionais confirmados em São Paulo, você gastaria, R$ 6.200 (escolhendo Planeta Terra) ou R$ 6.320 (indo no Maquinária 2009), sem contar bebidas, estacionamento e afins. E olha que ainda nem coloquei o AC/DC na lista...



Ir ou não ir, eis a questão:
02 a 13/09 – Blue Man Group
11/09 – Beirut
12/09 – Children of Bodom
6/09 – Lily Allen

18/09 - Jerry Lee Lewis
03/10 - Jojo 06 e 07/10 - Laura Pausini
15/10 Living Color
20 e 21/10 - Sarah Brightman
27/10 - IL Divo
7/11 - Planeta Terra: Macaco Bong, Móveis Coloniais de Acajú e Primal Scream
7/11 - Maquinária Festival 2009 - Faith No More, Jane's Addiction e Deftones
14/11 Twisted Sisters
21/11 - The Killers



Os grandes entendedores do mundo das finanças não cansam de repetir que o mais indicado é que você mantenha uma reserva monetária para casos emergenciais. E um show imperdível se enquadra no contexto. Por isso, para poder conferir todas essas atrações, nada mais sensato do que a criação de uma Poupança Show.

Eu, que não tenho este cofrinho musical, esperei receber uma graninha para comprar ver o Whitesnake de novo e me dei mal. Demorei tanto que os ingressos acabaram e eu fiquei chupando o dedo. Agora o Titio Coverdale está com laringite e cancelou vários shows pelo mundo. Já pensou se ele pára de fazer shows para todo o sempre? (Bate três vezes na madeira).

Portanto, se você não quiser perder algum dos shows listados; não quer ficar com a conta negativa ou com o nome do SPC, é bom tirar a poeira daquele cofre de pouquinho que ganhou da sua tia/vó/mãe e poupar a grana de algumas cervejas até o fim do ano. Eu já abri mão do Living Color e estou fazendo as contas para poder ver Faith No More e AC/DC. E você, em qual desses shows vai torrar o doce dinheirinho?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Arte da Paz

Se você é de São Paulo já deve ter reparado que no Metrô existem máquinas que vendem livros. Um desses livros leva o título de A Arte da Guerra, escrito porSun Tzu. Um livro que conta as estratégias adotadas para um combate racional, mas uma guerra que mata inocentes não pode ser racional. Assim como a literatura, uma outra arte escreve sobre a guerra e promove a paz: a música.

Principalmente pela linguagem do Rock´n´Roll, já vimos uma série de canções que cantam os absurdos de uma luta armada. One do Metallica mostra a dor acima de tudo e em determinado momento fala O campo minado levou minha visão. O Dire Straits criou uma pérola, Brothers in Arms relata o companherismo em um combate "e apesar de terem me ferido gravemente, em meio ao medo e ao pânico, vocês não me abandonaram, meus companheiros de batalha", mesmo quando eles acreditam em outra coisa "somos tolos de guerrear contra nossos companheiros de batalha".



O Sistem of a Down, conhecido por suas letras de protesto, tem em seu currículo uma letra bastante audaciosa tratando de terrorismo, suas causas e fatores. O refrão leva para um grande e sonoro "BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! Toda vez que você solta a bomba, Você mata o Deus em que o seu filho nasceu. BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!". Agora, poucas músicas tem uma composição tão bela quanto Carta aos Missionários da banda Nenhum de Nós, que menciona a crueldade "Missionários em missões suicidas/Crianças matando crianças inimigas/Generais de todas as nações, fardas bonitas, condecorações/Documentam na nossa história/O seu rastro sujo de sangue e glória"



Mas nem tudo é horrível, algumas músicas tratam exatamente do oposto, a mais famosa delas é Imagine de John Lennon que canta assim "Imagine todas as pessoas/Vivendo a vida em paz/Talvez você diga que eu sou um sonhador/Mas não sou o único/Desejo que um dia você se junte a nós/E o mundo, então, será como um só, o Rei do Pop, Michael Jackson também deixou sua marca e Heal the World é a marca de que ele queria fazer alguma coisa pelo mundo "salve o planeta/Faça dele um lugar melhor/Pra você e eu/E toda a raça humana/Tem pessoas morrendo/Se você se importa o suficiente com os vivos/Faça do mundo um lugar melhor/Para você e para mim". Você pode até discutir se isso realmente faz alguma diferença, mas é indiscutível que se há tantas músicas que levam essa mensagem, algo ou alguém já deve ter sido influenciado por elas.

Pra finalizar, a música que virou um hino a paz, principalmente, porque foi ttrilha sonora do MARAVILHOSO filme Bom Dia, Vietnã. A voz marcante de Louis Armistrong cantando"Eu vejo os céus azuis e as nuvens tão brancas/O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da boa noite/E eu penso comigo/que mundo maravilhoso".



Love and Peace!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Game Over

A vida é realmente um vídeo-game. Nos primórdios era como o telejogo, ía-se de um lado pro outro sem saber o que fazer. Então veio a fase do Pacman, viviamos pra comer e comíamos pra viver, depois a fase do River Raid, simples e doce: pega-se o aviãozinho e vamos ultrapassando os obstáculos sem fim, sem fim mesmo. E mesmo assim era divertido, fácil de interagir, nada muito complexo, como antigamente.

Telejogo - PacMan - River Raid

Mas os humanos não podem ficar parados, tem que evoluir é lançado para algo realmente diferente: a fase da socialização. Mários e Luigis, convivendo juntos, Sonic e Knuckles passando cada vez mais rápidos pelos seus objetos em comum, famílias inteiras de Donkey Kongs se matando por cachos de banana. A socialização nos levou a patamares cada vez mais elevados de discussão, e as discussões levaram às guerras, um verdadeiro Mortal Kombat. O homem que ao mesmo tempo passou a viver em sociedade passou a brigar com seu semelhante, e na maioria das vezes sem mesmo saber o porquê, como no Street Fighter, que só se descobre o motivo da luta quando já vencemos.



Super Mario Bros - Sonis Knuckles - Donkey Kong Country




Fomos ficando cada vez mais impessoais, cada vez mais distantes, passamos a criar nossos próprios mundos, como em SimCity. Passamos a simular nossos maiores prazeres: futebol (internacional Super Star Soccer), sexo (Playboy: The Mansion) e rock´n´roll (Guitar Hero). Passamos a retratar nossa solidão como algo tão triste que enfrentaríamos as maiores dificuldades para ter alguém por perto como no Shadow of Collosus. A solidão é tamanha que parece que vivemos sozinhos numa multidão e que todos estão contra nós, como em Resident Evil.

SimCity



Neste mundo de comparações, existem alguns pontos que, geralmente, elevam as semelhanças entre a vida e os vídeo-games:

As fases são a completa reprodução de partes de uma vida, você sempre passa por boas e más fases durante seu percurso, assim como nos jogos eletrônicos.

Os Chefes são seres que lhe impedem de continuar jogando, ou fazem você melhorar no decorrer do jogo. Afinal de contas, alguns lhe dão poderes ou sabedoria que você não tinha antes, como em Megaman.


Options são configurações que você deveria ver antes de começar a jogar, mas a maioria não vê. Você poderia por exemplo, começar no modo fácil, e ir dificultando enquanto se joga, mas ao invés disso a ansiedade lhe consome e logo a pessoa já está jogando.

Códigos existem em alguns jogos e, assim como na vida, alguns usam pra se beneficiar e passar pelo desafio de forma mais simples que os outros. Às vezes, a gente pára pra pensar como é que fulano conseguiu chegar tão longe, tão rápido. E na maioria das vezes descobre-se que os códigos foram usados.

Agora, existe algo nos jogos que a vida não tem e que muita gente gostaria que tivesse para poder corrigir alguns erros: o Continue!

Por isso, é bom ver e rever a estratégia quando se começa o jogo da vida porque se você perder é Game Over.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Verdade e a Imprensa: Globo x Record

Em nosso primeiro Vídeo Post falo um pouco sobre a Verdade e a Imprensa.



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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lily Allen: irreverência, bom-humor e muita, mas muita polêmica

Lily Allen já fez topless por aí e deixou escapar suas partes íntimas durante o Festival de Cannes de 2008. Lily Allen já saiu bêbada e carregada das baladas tantas vezes que até já perdemos a conta. Lily Allen já teve cabelo preto, loiro, cor-de-rosa e até lilás. Lily Allen já namorou Ed Simons, do Chemical Brothers, engravidou e sofreu um aborto espontâneo. No entanto, essas polêmicas não foram as responsáveis por tornar a cantora britânica famosa. Já as polêmicas causadas pelas letras de suas músicas foram mais do que suficiente para fazer com que Lily se tornasse sinônimo de sucesso rapidamente.



Em 2007, a cantora estourou logo com o primeiro single do CD de estreia.
Smile, de Alright, Still, conquistou o público com o clipe divertido e a letra irreverente e se tornou praticamente o hino das meninas que já foram vítimas de homens canalhas - que não devem ser poucas. Em seguida, Lily se manteve nas paradas com a divertida LDN e, ao mesmo tempo, lançou a moda do, até então, improvável look tênis esportivo + vestido.

Dois anos e alguns escândalos depois de Alright, Still, ela voltou com It's not me, it's you. Mais elegante, mas não menos crítica. E só para dar um exemplo, um dos singles do álbum, Fuck you (Very much), pode ser considerado quase um movimento contra o preconceito. Lily ainda fez questão de gerar mais polêmica ao oferecê-la ao ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, durante um show. E, como não poderia ser diferente, o clipe da canção já conquistou o público com seus efeitos especiais e muita criatividade.

E se a veia crítica continuou a mesma, Lily também não fez grandes inovações musicais no segundo CD. As doses de ska e reggae, que deram ao primeiro álbum o tom de originalidade e bom-humor, aparecem mais discretas em It's not me, it's you. Mesmo assim, quem ouvi-lo não terá dificuldades em saber que o som descontraído e irreverente, que esconde um ar de certa revolta, pertence à espivetada e polêmica por natureza Lily Allen.

E para a felicidade dos fãs da cantora, que fez sua primeira - e, por enquanto, única - passagem pelo Brasil em novembro de 2007 durante Planeta Terra Festival, a segunda visita já está mais do que confirmada: nos dias 16 e 17 de setembro, ela faz shows em São Paulo e Rio de Janeiro. E se você ainda não conhece o som de Lily, o ComTatos preparou uma lista especial, que reúne 5 faixas de cada álbum da britânica. Divirta-se e prepare-se para o espetáculo:

Alright, Still

1. Knock'em out
2. Everything's just wonderful
3. Not Big
4. Shame for you
5. Littlest Things

It's not me, it's you

1. Not Fair
2. Back to the start
3. I could say
4. Never gonna happen
5. 22

Em tempo: A título de curiosidade, você pode conferir também o cover que Lily Allen fez para Womanizer, de Britney Spears.