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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

É dia de Feira!!!

Imagem do site Prefeitura de São Paulo

Tem que levar freguesa, o abacaxi tá docinho!!! Olha a Banana, olha o Bananeiro!!!! Mulher bonita não paga mais também não leva!!!
Essa gritaria toda é só para chamar a sua atenção a um evento que acontece sempre perto de você, mas a gente pouco se dá conta: a feira livre. Existem registros de feira a partir de 500 a.C. no médio Oriente, em seu início era um misto de comércio e festa religiosa. O termo "feira livre" é brasileiro e representa, ou representava, a quase total isenção de impostos na venda dos alimentos, ou produtos ali comercializados ao ar livre. Por sinal, os dias úteis da semana terminam com "feira" pois fazem referência a palavra latina FERIA que significa dia de festa, a palavra foi incluída fazendo menção a semana santa onde todos os dias são comemorados. O domingo escapou dessa pois já faz referência a Deus sendo oriunda de Dominica (Dia do Senhor), já o sábado tem este nome derivado do hebráico shabbath, apesar de muita luta com a igreja católica foi mantido esse nome para o sétimo dia da semana.
Esse tipo de comércio é muito comum em São Paulo e me parece que é uma das poucas atividades da periferia que ainda vigoram com bastante força.
Entre abacaxis, batatas, beringelas e caquis estão os tão famosos pastel e caldo de cana, marca registrada deste comércio, hoje, por exemplo, eu fui de encontro a essa tentação paulista ao passear pelos corredores de uma feira aqui próxima de casa.
Pessoas, na sua maioria mulheres, de várias idades e das mais sortidas culturas, todos eles sendo tratados como: menina linda, freguês, dona, princesa, dotô. Isso porque, ao meu ver, existe um único nivelamento social para todos os transeuntes, que eu tomo a liberdade de chamar de freguesia.
O que mais me espanta, é mesmo depois de quase 15 anos que eu não compareço a uma feira, aquele espaço continua parado, não acompanhou o mundo moderno. É claro que já vemos barraquinhas aceitando cartão de débito e crédito, mas que pare por aí, pois a beleza da feira está na simplicidade, e por ter gente que ainda fala bom dia, e pergunta como vai.
Isso sim é um comtato com gosto!
Não deixe de aparecer em uma, aqui na capital paulista cerca de 890 feiras livres acontecem durante a semana. Confira, nem que seja para ouvir algumas figuras ilustres dizendo algo como o que eu ouvi ainda há pouco:
- Limão bem azedo pra pingar no olho do marido e no rabo... do peixe, calma dona, eu disse no rabo do peixe.

3 comentários:

Ricardo Moreira Leite disse...

Cara, é a mais pura verdade quando vc disse sobre estar parado no tempo.
vejo perto de cada quando às quintas-feiras há uma feira. De moças a senhoras, todas utilizam aquele velho carrinho que passa gerações e continua sempre fiel no serviço.
Parece que parou no tempo, mas não. Acho que a feira sobreviveu ao tempo. E continua forte, pois não conheço ser humano que rejeitaria um pastel de feira...
Aliás, existe louco para tudo...

Nathalya Buracoff disse...

Eu diria mais, diria que a feira livre faz um bem danado à auto-estima. Para qualquer mulher a receita é infalível. Seja alta, baixa, magra, gorda, não importa. Acordou de mau-humor? Coloca um vestido soltinho e vai comprar maçã. Garanto que vc volta pra casa muito mais feliz, com alcunha de linda pra cima! ;)

Rachel disse...

eu tb sou uma defensora das feiras livres e não gostaria de jeito algum que elas acabassem ou fossem proibidas em SP. Costumava acompanhar minha mãe numa feira perto do apartamento que morávamos ... sempre tinha o tiozinho da bala e o pessoal da peixaria que ria da minha cara ao ver eu colocando a mão no nariz para não sentir o mau cheiro. ai ai mto bom ! bjos para vcs