Páginas

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Sarcasmo no receituário


Há quem diga que excesso de sinceridade é grosseria. Sendo assim, diversas pessoas diluem a dose de veracidade e moderam o linguajar ao se expressar. É como diz o velho ditado chinês: “Se precisar disparar a flecha da verdade, primeiro molhe a sua ponta no mel”. É assim que acontece com todo mundo, certo?
Errado. O seriado House mostra exatamente o oposto do modelo ideal de convívio social.

O personagem principal da série é o grande filho da puta, digo, hilariante Dr. Gregory House, interpretado pelo ator Hugh Laurie (aquele que fez o pai do ratinho Stuart Little nos cinemas, lembra? Incrível, não?!)

House é um médico um tanto amargurado, rude e muitas vezes até cruel, mas nenhum destes adjetivos tiram o talento e o reconhecimento de ser o melhor médico do hospital (ou do mundo), o que o torna digno do respeito e da admiração de todos.

O “cretino” Dr. House tem como confidente o amável Dr. James Wilson, um tipo de anjinho conselheiro, interpretado por Robert Sean Leonard, ator de Sociedade dos Poetas Mortos. Wilson é um especialista em oncologia que sempre aconselha House quando o encapetado médico se depara com alguns dilemas.

A equipe de médicos comandada pelo Dr. House é formada pela imunologista Dra. Allison Cameron (Jennifer Morrison), pelo neurologista Dr. Eric Foreman (Omar Epps, de “ER”), e pelo Dr. Robert Chase (Jesse Spencer). House é um médico que faz qualquer coisa, e até extrapola certos limites, para salvar a vida de seus pacientes, e por isso conquista tantos admiradores.

Mas o que faz a série House roubar a cena é o sarcasmo ácido com o qual o Dr. Gregory House trata os seus pacientes, amigos, subordinados e até mesmo a chefe do hospital, a Dra. Cuddy.

Já imaginou chamar a chefe de egoísta e se negar a preencher formulários porque esta com preguiça? Pois bem, House faz isso com a naturalidade de quem diz “com licença”, “por favor” e “obrigada”.

House faz o que qualquer um de nós tem vontade de fazer quando está sem paciência para lidar com situações chatas. Ele dá respostas irônicas a todo o momento, seja para quem for. Ele provoca a todos gratuitamente só para massagear o enorme ego que tem. E ele se diverte muito com isso. Dr. House, é solitário, injusto, grosso e teimoso, mas isso é apenas uma atitude de auto preservação. Mas, afinal, o que House procura?

Ele responde:
- Amor, carinho, atenção, rendimentos bancários...

Às vezes eu tenho inveja desse cara. Ele é um cara como qualquer um de nós, o detalhe é que ele vive sem medo de ousar, não engole sapo de ninguém, é autentico e usa a tolerância zero em doses cavalares diariamente.
Ver um episódio de House é ter uma aula de sacadas irônicas e frases de efeito (artimanhas eu adoro), além de ser hilariante. Muito diferente da maioria das series de tv (das quais eu nunca fui muito fã), cheias de desavenças de amor, lágrimas e desencontros, House tem um roteiro inteligente e personagens interessantes, que acima de qualquer circunstância se toleram e se ajudam, mesmo sendo sacaneados uns pelos outros, e principalmente pelo admirável chefe turrão.

Abaixo um video irreverente do Hugh palhaço Laurie




4 comentários:

Ricardo Moreira Leite disse...

Não conhecia a série, mas me identifiquei com o personagem e vou assistir. heheh.

Adoro coisas irônicas..hehehe

Ótimo texto Nathy(sem ironias).
bj

Anônimo disse...

Hihihi brigadinha, dear.
Assista. O House é sensacional!
Ass, Nathy

Rachel disse...

eu tenho como um dos meus maiores defeitos e qualidades a sinceridade. não sei bem qdo usá-la e uso e abuso. as vezes me dou mal, as vezes me dou bem .. temos é que ter uma dosagem boa.

agora, sobre o cara, não entendi mto bem .. ele é aquele menininho?!!! uow !

Anônimo disse...

I love Dr. House