A vida é um tabuleiro de xadrez. Entre as peças que nos pregam e as peças que perdemos, em busca de uma jogada melhor, somos movidos, aparentemente de modo aleatório, sem entender que somos um mero peão, posto gratuitamente na diagonal do bispo, que nunca esteve ali por acaso.
Assim são os fatos em Xeque-mate ou Lucky Number Slevin, título em inglês. Sempre me pergunto por que as traduções nunca têm a ver com o titulo original, mas desta vez o nome em portugues é bem melhor do que o título do filme.
No elenco estão grandes nomes, como Morgan Freeman, Sir (isso mesmo, gente) Ben Kingsley, Lucy Liu, Josh Hartnett e o meu preferido de filmes de bad guy, Bruce Willis. Mas o grande trunfo aqui é, além da direção de Paul McGuigan, o roteiro brilhante do estreante Jason Smilovic.
A trama se desenrola a partir de Slevin Kelevra (Josh Hartnett), um jovem que sofre de ataraxia (filosoficamente falando, ausência de perturbações ou inquietações da mente) e após diversas decepções chega a Nova York para visitar seu amigo Nick Fisher e encontra o apartamento deste vazio. Ao chegar conhece Lindsey (Lucy Liu), uma vizinha simpática, romântica e engraçada. Sem tempo de se ambientar, ou mesmo vestir-se, Slevin é abordado por dois capangas de um poderoso mafioso e, confundindo-o com o verdadeiro Fisher, levam-no para encontrar o “Chefe” (Morgan Freeman), que o encarrega de vingar a morte do filho ao matar o filho do “Rabino” (Kingsley), o mafioso rival. Sem tempo de armar nenhuma estratégia, e sempre observado pela polícia, Slevin é levado ao Rabino, que cobra a dívida de Fisher para Goodkat (Bruce Willis), o bandidão-assassino de primeira. Assim, Slevin está, aparentemente por engano, nas mãos dos dois grandes mafiosos rivais de Nova York.
Eu, como cinéfila amante de citações, ganhei um prato cheio com o filme. É daqueles que você tem que assistir, pela segunda vez, com um bloco de anotações do lado, pausando e colhendo frases para enriqucer o vocabulário de expressões cinematográficas, como estas: “Charles Chaplin participou de um concurso de sósias de Charles Chapline ficou em terceiro. Isso sim é uma história!”; “Eu sou baixa para a minha altura”; ou quando a polícia questiona Slevin sobre quem ele é realmente e obtem como resposta um irônico: “Filosoficamente falando?”
Assim como em um tabuleiro de xadrez, tudo se baseia na Manobra Kansas City, algo como as pegadinhas que fazemos com amigos. Eu explico: se você parar no meio da Avenida Paulista e apontar para o céu, mirando-o fixamente em um ponto qualquer, todos que passarem ao redor vão procurar o “nada” que você está atentamente observando. Bruce Willis define isto como uma estratégia de ação, no caso de um dos grandes assassinos por encomenda.
O filme traz diálogos rápidos, irônicos e divertidíssimos; uma fotografia impecável, com rimas visuais; cenas sem diálogos; cuidados com o enquadramento relatando verdadeiros poemas visuais, dignos de histórias em quadrinhos.
Misture aquela atmosfera surpreendente de filmes de máfia como “Os Intocáveis” com algumas pitadas de sarcasmo das comédias holltwoodianas. Junte falas sagazes a atuações de grandes nomes (Freeman, Willis, Kingsley, atuam com naturalidade e talento impecáveis) e carreiras em ascenção (Liu é deliciosamente hilariante e Hartnett hipotiza com uma ironia despretensiosa). Tudo isso em um ritmo acelerado, prendendo o espectador em cada detalhes revelado cuidadosamente ao decorrer da trama.
Assim são os fatos em Xeque-mate ou Lucky Number Slevin, título em inglês. Sempre me pergunto por que as traduções nunca têm a ver com o titulo original, mas desta vez o nome em portugues é bem melhor do que o título do filme.
No elenco estão grandes nomes, como Morgan Freeman, Sir (isso mesmo, gente) Ben Kingsley, Lucy Liu, Josh Hartnett e o meu preferido de filmes de bad guy, Bruce Willis. Mas o grande trunfo aqui é, além da direção de Paul McGuigan, o roteiro brilhante do estreante Jason Smilovic.
A trama se desenrola a partir de Slevin Kelevra (Josh Hartnett), um jovem que sofre de ataraxia (filosoficamente falando, ausência de perturbações ou inquietações da mente) e após diversas decepções chega a Nova York para visitar seu amigo Nick Fisher e encontra o apartamento deste vazio. Ao chegar conhece Lindsey (Lucy Liu), uma vizinha simpática, romântica e engraçada. Sem tempo de se ambientar, ou mesmo vestir-se, Slevin é abordado por dois capangas de um poderoso mafioso e, confundindo-o com o verdadeiro Fisher, levam-no para encontrar o “Chefe” (Morgan Freeman), que o encarrega de vingar a morte do filho ao matar o filho do “Rabino” (Kingsley), o mafioso rival. Sem tempo de armar nenhuma estratégia, e sempre observado pela polícia, Slevin é levado ao Rabino, que cobra a dívida de Fisher para Goodkat (Bruce Willis), o bandidão-assassino de primeira. Assim, Slevin está, aparentemente por engano, nas mãos dos dois grandes mafiosos rivais de Nova York.
Eu, como cinéfila amante de citações, ganhei um prato cheio com o filme. É daqueles que você tem que assistir, pela segunda vez, com um bloco de anotações do lado, pausando e colhendo frases para enriqucer o vocabulário de expressões cinematográficas, como estas: “Charles Chaplin participou de um concurso de sósias de Charles Chapline ficou em terceiro. Isso sim é uma história!”; “Eu sou baixa para a minha altura”; ou quando a polícia questiona Slevin sobre quem ele é realmente e obtem como resposta um irônico: “Filosoficamente falando?”
Assim como em um tabuleiro de xadrez, tudo se baseia na Manobra Kansas City, algo como as pegadinhas que fazemos com amigos. Eu explico: se você parar no meio da Avenida Paulista e apontar para o céu, mirando-o fixamente em um ponto qualquer, todos que passarem ao redor vão procurar o “nada” que você está atentamente observando. Bruce Willis define isto como uma estratégia de ação, no caso de um dos grandes assassinos por encomenda.
O filme traz diálogos rápidos, irônicos e divertidíssimos; uma fotografia impecável, com rimas visuais; cenas sem diálogos; cuidados com o enquadramento relatando verdadeiros poemas visuais, dignos de histórias em quadrinhos.
Misture aquela atmosfera surpreendente de filmes de máfia como “Os Intocáveis” com algumas pitadas de sarcasmo das comédias holltwoodianas. Junte falas sagazes a atuações de grandes nomes (Freeman, Willis, Kingsley, atuam com naturalidade e talento impecáveis) e carreiras em ascenção (Liu é deliciosamente hilariante e Hartnett hipotiza com uma ironia despretensiosa). Tudo isso em um ritmo acelerado, prendendo o espectador em cada detalhes revelado cuidadosamente ao decorrer da trama.
Esta é a receita da maior jogada que um bom filme pode armar para o público do cinema. A trama dá um xeque-mate em seus espectadores, aquele ataque decisivo, em que não há qualquer possibilidade de fuga ou defesa, o que implica ao término da partida, ou melhor da sessão de cinema, aquela sensação de “como eu não percebi isso antes?”. Tomara que hollywood produza mais destes roteiros, tão escassos e tão cativantes que fazem duas horas discorrerem como se estivéssemos nos deliciando com um romance policial de Agatha Christie.
4 comentários:
Ainda bem que contamos com as ótimas traduções de títulos e que pale primeira vez fizeram um bom serviço.
Exatamente, e viva o Bruce, como sempre....rs
oi querida!!!
faz tempo q nao entro aqui, tá fogo ultimamente. Mas é ANIMAL esse filme, eu vi faz mó tempão. Bom demais mesmo. Vou tentar entrar sempre q puder.
Beijos
Reli este post hoje, 25/09/2009 e me deu uma baita vontade de rever o filme. Ainda bem que postei no blog =D
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