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sexta-feira, 28 de março de 2008

O que é real?

Sabe aqueles dias em que nada dá certo, e sua vida se transforma em uma sucessão de crises pessoais, com dúvidas inexplicáveis? Enquanto esse fenômeno é pontual, tudo bem. Você leva numa boa e encara como se fosse apenas uma crise passageira, ou uma confluência desarmônica do seu mapa astral. Mas, em algum momento, percebe que esse fenômeno começa a se repetir indefinidamente, de tal maneira que as recaídas começam a parecer simplesmente uma armação do destino, uma travessura do Todo-Poderoso, que aproveitou uma folguinha no firmamento para espezinhar aquele verme insignificante que está simplesmente tocando sua vida.
O resultado pode ser tal qual uma falha na Matrix, a vida perde sua razão. O chão das dúvidas se abre a seus pés e seus preciosos axiomas e preconceitos voam como farinha no Ceará. E que fazer? Sem respostas para suprir sua ignorância da causa dos tormentos, tenta-se de tudo: de ópio a Jesus, Tantra, Paulo Coelho e Domec.
Balela. A resposta pode estar em uma singela canção.

Conto do Sábio Chinês
By Raulzito

Era uma vez um sábio chinês
Que um dia sonhou que era uma borboleta,
Voando nos campos,
Pousando nas flores,
Vivendo assim um lindo sonho.

Até que um dia acordou,
E pro resto da vida uma dúvida lhe acompanhou.

Se ele era um sábio chinês
Que sonhou que era uma borboleta,
Ou se era uma borboleta sonhando que era um sábio chinês.

Um comentário:

Ronaldo Junior disse...

A sabedoria oriental poderia ter tirado essa idéia de ser borboleta da cabeça dele... Tanto bicho pra ser, o cara resolve ser borboleta?